A Polícia Federal (PF) iniciou nesta terça-feira (29) a operação Mãe do Ouro contra suspeitos que invadiram a sede do órgão para incendiar helicóptero do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em setembro de 2021.
Conforme a PF, mais de sessenta policiais federais atuam na operação. Eles cumprem 8 mandados de busca e apreensão e 2 de prisão preventiva em Goiânia e em Boa Vista.
Os criminosos são suspeitos também de participar da destruição de um veículo do Ibama em 7 de setembro do ano passado. Além disso, no dia 12, eles invadiram a superintendência da PF em Roraima para incendiar o helicóptero do Ibama utilizado na repressão de crimes ambientais no estado.
De acordo com a polícia, os crimes ocorreram após uma das etapas da Operação Yanomami, coordenada pelo Ministério da Justiça. A ação de combate ao garimpo ilegal em áreas indígenas do estado ocorreu entre 26 de agosto e 7 de setembro de 2021.
Investigados da PF
Os investigadores da PF identificaram 7 suspeitos que teriam relação com os atentados. Entre os criminosos está um empresário já investigado em outras ações da PF relativas à extração ilegal de ouro em terras indígenas.
Da mesma forma, a presidente de uma associação de garimpeiros de Roraima e outras pessoas com passagens por envolvimento com o garimpo ilegal são alvos da operação.
Ainda conforme a PF, o empresário pagou R$ 5 mil para financiar os crimes. Com ele, os policiais apreenderam 6 helicópteros em um dos imóveis. Outras 3 pessoas ligadas à empresa do suspeito foram presas 10 dias antes dos atentados.
Segundo inquérito da PF, a presidente da associação de garimpeiros de Roraima utilizou o local como ponto de encontro do grupo para prática dos crimes.
Mãe de Ouro
A PF denominou o nome da operação em alusão à personagem do folclore brasileiro que tem habilidade de encontrar tesouros e jazidas de ouro, “com o propósito não de explorá-lo, mas protegê-lo”.
As investigações da Polícia Federal seguem em andamento.
Fonte: Da Redação