O senador Telmário Mota (PROS) sofreu mais uma derrota no processo judicial que abriu contra a prefeita de Mucajaí, Eronildes Gonçalves (PL), a Dona Nega.
O juiz Antônio Martins rejeitou seu segundo pedido para que a Justiça proíba a prefeita de publicar o vídeo em que ela o desmente sobre ele ter enviado verbas para Mucajaí.
“… o limite entre a liberdade de expressão e a proteção à honra é bastante tênue, como se sabe, não se podendo, numa análise perfunctória, considerar que o vídeo em comento tenha cunho ofensivo e, assim, desde logo, proibir a sua divulgação, ainda mais quando ambas as partes são políticos conhecidos no estado e detentores de mandato eletivo, sujeitos, portanto, a críticas e contestações públicas”, diz a decisão.
O magistrado Phillip Barbieux Sampaio já havia negado o pedido no dia 8 deste mês. Telmário então recorreu, mas o magistrado Antônio Martins seguiu a decisão inicial.
O vídeo
No vídeo, a prefeita afirma que o senador mentiu ao dizer que mandou recursos para o enfrentamento à pandemia ao município.
Dona Nega diz ainda que Telmário costuma agredir pessoas, principalmente mulheres se referindo ao processo que ele responde por violência doméstica. Por fim, a prefeita declara “me respeite!”.
Declarações
Telmário Mota é conhecido por declarações ácidas contra adversários e instituições, como Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR), bem como Tribunal de Justiça.
O político até já teve processo aberto no Conselho de Ética do Senado por suspeita de quebra de decoro.
Ele já afirmou que nos órgãos públicos há parte podre, depois de o Roraima em Tempo revelar que ele havia se tornado réu por violência contra a mulher. Os promotores do MP repudiaram.
O parlamentar já ofendeu o general Eduardo Pazuello, em setembro de 2019, quando o chamou de “general de merda”. Ele foi repudiado mais uma vez.
Mota também tentou suspender matérias jornalísticas sobre um evento com aglomeração em Rorainópolis promovido por ele. A Justiça também negou.
Por Josué Ferreira e Rosi Martins