Telmário processa prefeita por acusá-lo de mentir sobre envio de verbas

Parlamentar pedia que Justiça proibisse Dona Nega (PL) de publicar vídeo sobre o caso

Telmário processa prefeita por acusá-lo de mentir sobre envio de verbas
Telmário Mota no plenário do Senado Federal – Divulgação/Agência Senado

O senador Telmário Mota processou a prefeita Eronildes Gonçalves (PL), a Dona Nega, por acusá-lo de mentir sobre ter enviado verbas para Mucajaí, região Sul de Roraima, para enfrentamento da pandemia da Covid-19.

O parlamentar pedia que a Justiça proibisse a chefe do Executivo Municipal de publicar ou compartilhar o vídeo em qualquer plataforma de comunicação. Contudo, o juiz Phillip Barbieux Sampaio negou na última quinta-feira (8).

Nas imagens, Dona Nega fala que Telmário Mota mentiu ao afirmar que mandou emendas no valor de R$ 5 milhões para a prefeitura, e usou falas dela fora de contexto para sustentar a mentira. A reportagem apurou que ela também processou o senador.

Ela disse que o senador gostava de agredir pessoas, principalmente mulheres, e declarou: “Me respeite!”. Para Mota, que responde a processo por violência doméstica, disse que as declarações foram ofensivas.

O magistrado avaliou que não podia proibir a prefeita de publicar o vídeo, pois haveria afronta à livre manifestação de pensamento, “ainda que realizada de forma incisiva ou jocosa, sobretudo quando estamos a tratar de pessoas públicas”.

Declarações de Telmário

Telmário Mota é conhecido por declarações ácidas contra adversários políticos e instituições oficiais, como Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) e o Tribunal de Justiça. O político já teve processo aberto no Conselho de Ética do Senado por suspeita de quebra de decoro.

Nesse sentido, ele já afirmou que nos órgãos públicos há parte podre, depois de o Roraima em Tempo revelar que ele havia se tornado réu por violência contra mulher. Os promotores do Ministério Público repudiaram o posicionamento.

Além disso, o parlamentar já ofendeu o general Eduardo Pazuello, em vídeo divulgado em setembro de 2019, quando o chamou de “general de merda”. As falas foram repudiadas por outros deputados.

Mota também tentou suspender matérias jornalísticas que tratavam de um evento com aglomeração em Rorainópolis, Sul de Roraima, promovido por ele. A Justiça também rejeitou o pedido.

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Fonte: Da Redação

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