O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga, nesta terça-feira (13), o recurso do governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas), em uma ação sobre abuso de poder político e econômico. Ele teve o mandato cassado pela terceira vez em janeiro deste ano.
O colegiado é composto por Cármen Lúcia (presidente); Kassio Nunes Marques (vice-presidente); André Mendonça; Raul Araújo Filho (corregedor-geral); Isabel Gallotti (relatora da ação); Floriano de Azevedo Marques Neto; e André Tavares.
O julgamento da cassação de Antonio Denarium durou mais de cinco horas no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR). A relatora do processo foi a desembargadora Tânia Vasconcelos, que votou pela cassação.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) apurou o uso de dois programas sociais criados pelo Governo do Estado de forma ilegal em 2022, além do envio de R$ 70 milhões somente para as prefeituras do interior em que os prefeitos apoiavam a reeleição do governador. A Corte julgou ainda o uso de verba pública com publicidade em ano eleitoral.
O Roraima em Tempo fez um levantamento dos valores investigados no processo de cassação. Os recursos públicos empregados em programas eleitoreiros somam R$ 210 milhões. Somente no programa Cesta da Família, foram R$ 60 milhões em créditos por meio de cartão e mais R$ 50 milhões em cestas básicas. Além disso, teve ainda os R$ 70 milhões enviados às prefeituras onde os prefeitos trabalharam pela reeleição de Denarium.
O Morar Melhor também entrou nas contas do TRE-RR e, apenas nos três primeiros meses de 2022, Denarium usou R$ 6 milhões no programa ilegal em ano eleitoral. E, conforme reportagem com dados fornecidos pelo Governo, naquele momento já havia mais de 5 mil famílias cadastradas. Isso significa um investimento de R$ 30 milhões.
Fonte: Da Redação
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