
Desorganização
O período letivo em Roraima já iniciou há meses, contudo, a quantidade de denúncias sobre o descaso do Governo de Roraima e prefeituras municipais sobre a situação da educação, refletem o despreparo das gestões em priorizar quem tem direito ao estudo.
Tem criança no interior que só teve acesso à escola em março, como foi o caso de Iracema. Sem transporte escolar, não havia opção além de depender da boa vontade da Prefeitura em resolver o problema. E as escolas indígenas no interior de RR ? Diversas sem nenhum tipo de estrutura para abrigar estudantes e profissionais. Em meio à desorganização, a única resposta (pronta) dada para a população é que vão tomar providências, mas quando?
Furto ao cidadão de bem
Na última semana, um empresário de Roraima desabafou nas redes sociais sobre as dificuldades em manter o seu negócio devido aos inúmero furtos. O homem relatou que ao chegar no estabelecimento para iniciar o dia, encontrou os cadeados arrombados. Apesar do prejuízo, ele ainda foi grato porque os bandidos não levaram todos os produtos. O que chama a atenção na história é que o cidadão de bem, pagador de impostos e pronto para tentar vencer na vida, na verdade também é refém de uma segurança pública que carece de mais investimentos.
Cadê a segurança
Vale lembrar que Roraima chegou a ocupar em 2023, ranking de piora nos pilares de Segurança Pública, Infraestrutura e Capital Humano. Tá, e onde estão os profissionais aptos a protegerem a população? A imprensa revelou ano passado, que diversos policiais estavam sendo investigados por formação de milícia, simulação de confrontos e outros crimes. Além disso, de 1.241 denúncias, apenas 525 tinham passado por investigação. E dessas, apenas 6 resultaram em expulsão. Enquanto o roraimense pede aos deuses por proteção (já que a física parece apresentar falhas), agora será importante torcer também para que a segurança pública dê a devida atenção, reforce patrulhamentos, verifique criteriosamente a conduta dos policiais e exponha onde estão as falhas.
Violência
O crescente número de denúncias envolvendo o aliciamento de menores no estado expõe a impunidade. muitas vezes, Em diversas ocorrências, os responsáveis pelo abuso não são desconhecidos mas sim pessoas dentro do próprio círculo familiar, como pais, padrastos, tios e até avôs.
Além das medidas legais, é essencial que a sociedade abandone a cultura do silêncio. A educação sobre abuso infantil PRECISA ser reforçada nas escolas, e campanhas de conscientização precisam alcançar todas as camadas da população. Proteger as crianças é um dever coletivo, e ignorar o fato e tratar como ‘comum’ é compactuar com o problema.