“Desumano”, diz mãe grávida após mais de 24h de indução ao parto na maternidade

A princípio, a mulher teve 3 centímetros de dilatação. Em seguida passou para 4 centímetros e, na noite de sábado chegou a 8. Contudo, depois a dilatação regrediu para 4 centímetros

“Desumano”, diz mãe grávida após mais de 24h de indução ao parto na maternidade
Fachada da maternidade – Foto: Yara Walker/Arquivo Roraima em Tempo

Isaete Ipiranga procurou a redação para relatar a angústia vivida pela família durante mais de 24h na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. O caso ocorreu entre ontem (9) e hoje (10).

Sua filha deu entrada na unidade sentindo contrações. No entanto a dilatação não era suficiente para o nascimento da criança. Desse modo, a equipe médica passou a realizar o processo de indução ao parto.

A princípio, a mulher teve 3 centímetros de dilatação. Em seguida passou para 4 centímetros e, na noite de sábado chegou a 8. Contudo, depois a dilatação regrediu para 4 centímetros.

“É uma coisa assim, tremenda que não dá para entender. O amor pelo outro está morrendo. É desumano o que fizeram com a minha filha”, disse.

Na manhã deste domingo, conforme relatado por Isaete, uma equipe médica da maternidade avaliou a situação e estourou a bolsa gestacional. A criança nasceu por volta das 10h30.

“Depois da grande confusão, encheu de médico lá e para a honra e glória do senhor, ela teve o bebê e é uma menina muito grande”, relatou.

Maternidade funciona em espaço improvisado

A Maternidade Nossa Senhora de Nazareth funciona de forma improvisada sob uma estrutura alugada pelo governo. Em agosto do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano.

Conforme o documento, o local abrigaria a maternidade e o Hospital Geral de Roraima (HGR). Contudo, em vez do HGR, o governo instalou o Hospital de Retaguarda, fechado em março deste ano.

A Sesau assinou o contrato em agosto, mas apesar disso, transferiu as pacientes da maternidade para o local no dia 05 de junho do ano passado.

Na ocasião, o governador Antonio Denarium (PP) afirmou que a situação duraria apenas cinco meses. Contudo, um ano depois o prédio da maternidade continua em reforma.

Citada

Ao Roraima em Tempo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirmou que a paciente e a criança estão recebendo toda a assistência necessária.

Fonte: Da Redação

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