Familiares de gestantes entraram em contato com a reportagem nesta segunda-feira (22) para denunciar a demora para a realização de parto cesárea na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth.
De acordo com uma das acompanhantes de uma paciente que não quis se identificar, a mulher chegou na unidade com 41 semanas de gestação. Nesse sentindo, o bebê pode apresentar maior risco de complicações no nascimento.
“Já passou do bebê nascer. Os médicos deveriam fazer o procedimento cesárea e não normal Porque já está passando do tempo de nascer. E aí induziram, e estão forçando e nada. Aqui, a situação está muito feia. Não tem recurso, cadê o Governador, cadê os deputados para fiscalizar?”, questionou.
Do mesmo modo, a acompanhante disse que na madrugada, os médicos realizaram o exame de toque, para avaliar quanto havia de dilatação para a passagem do bebê.
“Bati de frente na madrugada com dois médicos. Eles fizeram o toque e rompeu a bolsa dela com 5cm. E isso não pode acontecer. Isso é um crime. Eles ainda dizem que isso é regra aqui. Aqui não existe administração”, disse.
O marido de uma outra paciente que está grávida de gêmeos também falou sobre o descaso vivido na Maternidade. Ela deu entrada na Maternidade há uma semana. Ele disse que no local, recebeu a informação que o parto era de risco, no entanto, pela madrugada, desta segunda-feira (22), quando a esposa entrou em trabalho de parto, os médicos disseram que o procedimento cesárea só aconteceria em situação de risco.
“Ela aguentou até ontem, no entanto, começou a sentir as contrações de novo e aí agora pela manhã estamos esperando. Disseram que não podem tirar porque é muito arriscado e aí, ela está desde as 2h da manhã sentindo dor”, disse o homem.
A redação entrou em contato com a secretaria de Saúde (Sesau) para mais esclarecimentos e aguarda retorno.
Esta não é a primeira vez que a reportagem recebe denúncias sobre a Maternidade. Só entre julho de 2022 e fevereiro deste ano, foram mais de 10 relatos que chegaram à redação sobre estrutura improvisada, reclamações nos atendimentos, falta de leitos, e mortes.
A estrutura de tendas e lonas é alugada pelo Governo do Estado. Dessa forma, em agosto de 2021, a Sesau assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano. Em seguida, fez um reajuste de 18% e o aluguel passou a ser cerca de R$ 12 milhões. No dia 9 de agosto de 2022, a Sesau renovou o contrato por mais um ano e aumentou o valor para R$ 13 milhões.
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Fonte: Da Redação
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