Saúde

Mais de 70 crianças com lábio leporino recebem acompanhamento em núcleo de reabilitação do Hospital Santo Antônio, em Boa Vista

Inaugurado em 2021, o Núcleo de Reabilitação da Criança Portadora de Fissura Labiopalatina (Narfis) atende atualmente 73 crianças em Boa Vista, conforme a Prefeitura da capital. Só no ano passado, foram feitas na unidade 33 cirurgias para correção da má-formação, também conhecida como lábio leporino.

O acompanhamento começa na infância e só termina entre os 16 e 21 anos de idade, a depender do caso. Além de um tratamento pós-cirúrgico longo, as especialidades médicas envolvidas são várias.

“É muito tempo até receber alta. Um serviço que tende a receber cada vez mais pacientes e não tem uma vazão tão grande como outros serviços. É um serviço multiprofissional. A gente tem fonoaudiólogos, assistente social, ortodontista, odontopediatras, cirurgiões plásticos, cirurgião bucomaxilofacial. É uma equipe bem estruturada para atender esses pacientes”, explicou o coordenador do Narfis, André Rezek.

A fissura é uma abertura que pode se formar no lábio e no céu da boca da criança ainda na gestação. A malformação atinge uma a cada 650 crianças. Ela pode ser descoberta durante o acompanhamento pré-natal, disponível nas Unidades Básicas de Saúde. Mesmo depois da gestação, são nas UBSs que as mães recebem encaminhamento para o Núcleo, que funciona no Hospital da Criança Santo Antônio.

A fonoaudióloga do Narfis, Sandra Mota, explica quais os efeitos do lábio leporino se não tratado. “Sem a correção com a cirurgia, acarreta na alteração da respiração, porque eles respiram pela boca e não pelo nariz. Na alimentação: se não fizer a correção, na maioria dos casos, o alimento sai pelo nariz […] Na comunicação, eles não têm uma fala inteligível, uma fala audível que você entenda”, explicou.

Acessibilidade

A dona de casa Geisiane Soares, mãe do Abner Davi, disse em entrevista à TV Imperial que o Narfis traz para mais perto uma solução que antes só seria possível fora de Roraima, com custos que ela não conseguia arcar. Ela espera que o filho possa ter uma adolescência sem preconceitos.

“Muitos pais que moram no interior não têm condições de levar seus filhos para fora. Aqui mesmo em Boa Vista não têm condição. Eu mesma não tenho condição de levar ele para fora. Mas é uma benção na nossa vida. Aqui tem profissionais de excelência, qualidade, dedicados a ajudar os nossos filhos”, ressaltou a mulher.

Fonte: TV Imperial

Lara Muniz

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