A repercussão mundial da crise humanitária dos Yanomami em Roraima serviu para mostrar muitas omissões políticas no Estado. Mas, sobretudo, revelou a influência do senador Mecias de Jesus e de seu filho, o deputado Jhonatan de Jesus, ambos do Republicanos, no Dsei-Yanomami.
Conforme a apuração do Roraima em Tempo, os três últimos dirigentes do órgão são indicações desses dois políticos.
O mais polêmico deles foi Rômulo Pinheiro de Freitas, cuja indicação partiu de Jhonatan de Jesus. Ele teve a gestão marcada por cobranças e manifestações dos indígenas.
O período de sua administração do DSEI-Y sobre a proteção de Jhonatan, também coincide com o agravamento da crise dos Yanomami. Aumentou o número de crianças e adultos desnutridos, assim como o de mortes. E sendo assim, todos esses fatos divulgados massificamente pela imprensa roraimense.
Mas antes de Rômulo, Mecias havia indicado Francisco Dias Nascimento Filho. E depois de Rômulo, quem assumiu o DSEI-Y foi o ex-vereador de Mucajaí, Ramsés Almeida. Também indicação de Mecias de Jesus.
Desvio de verba de medicamentos
A operação da Polícia Federal que ocorreu em 30 de agosto do ano passado apura o desvio de verba de medicamentos do órgão.
Pela falta destes remédios e insumos, muitas crianças morreram. A empresa que a PF investiga também é investigada por desvio de verbas da Covid-19 na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
A empresa até mudou de nome depois da repercussão da CPI da Saúde na mídia local, onde, do mesmo modo, passou por investigação.
Fonte: Da Redação