Saúde

Pacientes crônicos relatam dificuldades para fazer diálise em hospitais do Governo de Roraima: ‘humilhante’

Por falta de pagamento de uma dívida acumulada em R$ 10,8 milhões pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a Clínica Renal suspendeu na última sexta-feira, 17, e por tempo indeterminado, os atendimentos para pacientes crônicos, que agora buscam os serviços nos hospitais do Estado.

Desde a interrupção, são várias as reclamações sobre a prestação do serviço oferecido principalmente no Hospital Geral de Roraima (HGR). Dayane da Costa, por exemplo, disse em entrevista à Rádio 93FM que levou a mãe até a unidade ainda na sexta-feira, mas a paciente foi mandada para casa após avaliação médica.

“O médico disse para a minha mãe que ela estava bem, que ela não precisava de diálise. Era só para quem estava passando mal, caso de emergência, sendo que a minha mãe precisa dialisar três vezes na semana: segunda, quarta e sexta, porque os rins dela não funcionam mais”, relatou.

Nesta segunda-feira, 17, Dayane decidiu levar a mãe até o Hospital das Clínicas, onde espera desde às sete horas da manhã. Ela reclama da redução do tempo de sessão, que normalmente varia de três a cinco horas.

“É humilhante. É constrangedor. A minha mãe está com um cateter no pescoço porque ela ‘perdeu’ a fístula em dezembro e está com um cateter no pescoço, está ‘cirurgiada’ no braço de uma nova fístula. E está sendo muito humilhante. Tem que aguardar. Só entra de dois em dois [pacientes]. A diálise perfeita é de 3h30, mas cada paciente vai fazer só duas horas, porque tem muita gente. Muito paciente renal”, disse a mulher.

Pacientes aguardando atendimento no Hospital das Clínicas – Foto: Arquivo pessoal

Atendimento no HGR

Conforme a Secretaria de Saúde, foi estabelecido um processo para atender a demanda adicional no Pronto Socorro do HGR. E disse que todos os pacientes estão recebendo acompanhamento e realizando sessões de diálise.

A Pasta explica que o paciente preenche uma ficha, passa por avaliação médica e, caso haja urgência, um nefrologista é chamado para realizar a diálise. A Sesau disse ainda que nos casos não emergenciais, o paciente recebe as orientações médicas necessárias e é liberado. “Dessa forma, o tratamento é mantido para todos”, concluiu a Secretaria.

Fonte: Rádio 93FM

Lara Muniz

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