Redução de UTIs feita pelo governo levou RR de volta à ‘zona laranja’

Informação está no novo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado ontem (11)

Redução de UTIs feita pelo governo levou RR de volta à ‘zona laranja’
HGR tinha 90 leitos de UTI em maio, mas hoje tem apenas 50 – Foto: Divulgação/Sesau

A redução de 24 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), feita pelo governo na última semana, levou Roraima de volta à ‘zona laranja’.

A informação está no novo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado ontem (11). A instituição acompanha a taxa de ocupação de UTI em todo o Brasil.

Roraima está, portanto, na zona de alerta intermediário por apresentar taxa de ocupação de 70%. Os leitos são para pacientes em estado grave da Covid-19 no Hospital Geral de Roraima (HGR).

O levantamento da Fiocruz corresponde ao dia 9 de agosto, três dias depois de o governo fechar as UTIs.

Conforme a Fiocruz, “a elevação do indicador se deve à redução de leitos e não ao aumento de leitos ocupados”.

Atualmente, 38 pessoas estão internadas na unidade para tratamento da doença. O estado já atingiu 121.481 pessoas infectadas e 1.905 mortes pela doença.

De acordo com a Fiocruz, continua elevado o índice de testes positivos para o vírus. Além disso, existe um aumento no número de casos de coronavírus e Síndrome Respiratória (SRAG) no Brasil.

Redução

Até 21 de maio deste ano, o HGR tinha 90 leitos de terapia intensiva. No dia seguinte, a secretaria fechou 36 deles.

O Roraima em Tempo mostrou que depois disso, a unidade enfrentava uma superlotação, contudo, os leitos continuavam vazios.

Em seguida, o então secretário Airton Cascavel anunciou o funcionamento de mais 20 leitos. Com isso, no dia 8 de julho, o total subiu para 54, mas não durou um mês.

No dia 6 de agosto, 24 leitos foram fechados no HGR. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que a medida se deve à diminuição de casos graves de Covid-19.

No fim de semana, servidores denunciaram que outros 10 leitos devem ser fechados. Eles classificam a situação como um “retrocesso”, pois a unidade continua recebendo pessoas com o vírus.

Por outro lado, a Sesau disse que as mudanças são feitas com base nas informações epidemiológicas.

Por Yara Walker

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