O Ministério da Saúde liberou R$ 2,5 milhões para custear leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em Roraima. Contudo, cerca de R$ 240 mil são para cinco leitos que foram fechados em agosto deste ano.
O dinheiro liberado ontem, em tese, serve para cobrir os gastos com as terapias intensivas no mês de setembro, quando já não existiam 54 UTIs, mas apenas 49.
De acordo com a portaria do ministério, a verba deve ser aplicada, exclusivamente, em leitos para pacientes com Covid-19. A única unidade com UTIs é o Hospital Geral de Roraima (HGR).
Esta não é a primeira vez que o número de UTIs não condiz com o repasse feito pelo Governo Federal.
No dia 28 de setembro, o ministério cobrou do governo a devolução de R$ 1,7 milhão destinado para custear as UTIs. A portaria também liberava recursos para 54 leitos, enquanto eram apenas 49.
O documento sempre enfatiza que, caso ocorra descumprimento de regras previstas, o ministério cancela e cobra a devolução dos recursos.
O Roraima em Tempo questionou o Estado sobre a devolução dos recursos e aguarda resposta.
Conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em abril, período do pedido dos recursos, Roraima tinha 90 leitos de UTI no HGR.
Contudo, no dia 22 de maio, o governo reduziu em 33% o número de UTIs. Com a diminuição de 90 para 60, a taxa de ocupação chegou a 80%.
A reportagem mostrou que, depois disso, a unidade enfrentava uma superlotação, e os leitos desativados continuavam vazios.
O então secretário Airton Cascavel decidiu anunciar o funcionamento de mais 20 leitos. Com isso, no dia 8 de julho, o total subiu para 74, mas não durou um mês.
No dia 6 de agosto, 24 leitos foram fechados na maior unidade de saúde de Roraima. A Sesau disse que a medida ocorria devido à diminuição de casos graves de Covid-19.
Dessa forma, os leitos passaram de 74 para 50. Logo depois, no dia 25 de setembro, o governo voltou a fechar mais um leito de UTI. Atualmente, a taxa de ocupação está em 27%.
Fonte: Da Redação
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