Uma mãe de aluno da Escola Estadual Padre Calleri denunciou a precariedade na estrutura física da unidade. A escola fica localizada no KM 500, na Vila Novo Paraíso, em Caracaraí, Sul de Roraima.
De acordo com as imagens, uma das torneiras do banheiro está amarrada com saco plástico. Outra foto mostra reparos inacabados no sistema de água e cupim na parede.
A denunciante reclama da forma que o Governo do Estado trata as escolas do interior.
“Está aí, gente. Essas aí são as fotos do banheiro, nessas condições aí. Que reforma que estão fazendo nos interiores? Só se for para uns, porque pra cá mesmo, até agora ainda não vieram não essas reformas”, disse.
A mulher também reclama da atuação da gestão municipal. Ela relatou que a prefeita Diane Coelho (SD) fez uma visita recentemente na unidade, mas não tomou providência.
“A prefeita daqui de Caracaraí foi na escola outro dia, viu a situação, mas que providência?”, questionou.
Outras escolas
As condições das escolas estaduais foram alvo de denúncias nos últimos dias. No último dia 24 de janeiro, um professor denunciou que o governo não concluiu a reforma na escola Escola Indígena Santa Luzia, em Amajari.
Ele afirmou que o Ministério Público (MP) já interviu para que o governo entregue a unidade, mas até o momento a obra não está concluída.
Em seguida, os moradores da região do Baixo Rio Branco, em Caracaraí denunciaram escolas abandonadas no local. De acordo com uma denunciante, há muito tempo os moradores da comunidade pedem por uma nova escola.
Já no mês seguinte, a mãe de uma estudante também procurou a redação para denunciar a reforma inacabada na Escola Estadual Militarizada Maria de Lourdes Neves há quase dois anos.
Na ocasião, a Seed informou que a construtora contratada não concluiu a reforma a tempo e por isso iriam tomar as medidas administrativas cabíveis.
Já no dia 3 de fevereiro, pais de alunos da Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo, localizada na sede do município de São João da Baliza denunciaram a precariedade da unidade.
Merenda estragada
No dia 7, servidores da Escola Estadual Indígena Manoel Horácio, em Amajari denunciaram que o governo enviou merenda estragada para a instituição. Desse modo, imagens enviadas ao Roraima em Tempo mostram sacos de arroz com carunchos.
Além disso, o denunciante afirmou que a carne que chega na escola é de péssima qualidade e o freezer usado para armazenar os alimentos está enferrujado.
De acordo com ele, o prédio da escola também não tem estrutura para receber os estudantes para o retorno do ano letivo. Conforme ele, entre os problemas estão ventiladores que não funcionam e banheiros sem estrutura necessária.
Outro lado
A Secretaria de Educação e Desporto esclarece que está comprometida com a melhoria da estrutura física dos prédios escolares. Informa que atualmente a rede possui 383 escolas e que todas necessitam de reparos urgentes pois ficaram anos abandonadas pelas gestões anteriores, sem reparos e sem manutenção.
Informa que a Seed está ciente das necessidades da Escola Estadual Padre Calerri e que já estava programada visita da equipe do Delog (Departamento de Logística) na unidade de ensino na próxima semana para serviços de manutenção na estrutura física da unidade. Em função da necessidade dos reparos estruturais, a escola permanecerá com atividades remotas.
Prefeitura de Caracaraí
A redação entrou em contato com a Prefeitura de Caracaraí que disse que por a escola ser estadual, não tem como arcar com a demanda.
Fonte: Da Redação