Os novos policiais penais aprovados em concurso do governo devem ser nomeados até o fim de novembro. A informação foi divulgada hoje (2) pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc).
Os candidatos concluíram o curso de formação há cerca de três meses. No entanto, o governo ainda não efetuou a nomeação deles.
Os novos servidores devem substituir os agentes da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), que atuam em Roraima desde o final de 2018.
Aprovados cobram nomeação
No início de outubro, os concursados cobraram a nomeação. À época, a Sejuc informou que estava finalizando os procedimentos administrativos para definir a data de posse dos aprovados.
No fim do mesmo mês, durante visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao estado, os concursados realizaram uma manifestação na igreja Assembleia de Deus. No local, ocorria um culto com a participação do presidente e do governador Antonio Denarium (PP).
De acordo com os policiais aprovados, muitos deles passam por necessidades financeiras. Isso porque tiveram de sair do emprego para concluir o curso de formação exigido no certame.
Por conta disso, o grupo organiza “vaquinhas” e doação de cestas básicas para ajudar os colegas.
“Um deles vendeu o carro e veio para cá porque o secretário sempre dizia nas redes sociais que a contratação seria imediata. Ele entrou em contato com a gente porque já estava no limite. Já não tinha o que comer e a dona do apartamento deu um prazo para ele pagar, caso contrário ele seria despejado”, relatou uma das aprovadas que integra a comissão“, disse um dos organizadores da comissão.
Saída da FTIP
No dia 28 de outubro, o Ministério da Justiça (MJ) anunciou a retirada da FTIP de Roraima.
De acordo com a portaria, o prazo para a desmobilização da força-tarefa é de 30 dias. Ou seja, deve ocorrer entre 1º e 30 de novembro.
Conforme o governo, “os policiais penais vão substituir os agentes da FTIP na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo [Pamc] e vão ampliar o número de servidores nas demais unidades prisionais”.
Intervenção na Pamc
A FTIP atua na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC) desde 2018, quando a então governadora Suely Campos (PP) pediu a intervenção.
Naquele ano, Roraima tinha apenas 276 agentes penitenciários, e a proposta do governo de Roraima era ofertar 700 vagas no concurso.
Com a intervenção, os índices de fugas, assim como os massacres diminuíram consideravelmente na penitenciária. Antes disso, ocorreram duas cachinas e as fugas de reeducandos eram constantes. Por fim, a FTIP sai da Pamc após quase três anos de atuação.
Fonte: Da Redação