O empresário Jucelino Prado, proprietário do flutuante que foi apreendido durante fiscalização e afundou em novembro do ano passado, afirmou que a embarcação está abandonada. A denúncia foi feita ao Roraima em Tempo nesta terça-feira (18).
À reportagem, o Governo de Roraima afirmou que “todas as tratativas acerca serão no âmbito administrativo” e que a Engenharia Naval e Polícia Forense deve realizar uma perícia. “Enquanto isso, a embarcação fica em terra firme e sob vigilância”, finalizou.
De acordo com o empresário, a estrutura vem sendo alvo de furtos, pois não há fiscalização. O flutuante estava em Caracaraí, Sul de Roraima, na região do Baixo Rio Branco quando a Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) o apreenderam.
Após afundar, o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) fez a retirada da embarcação da água e desde então está sob responsabilidade da Fermarh.
“Eles alegam que eles guardaram as coisas, mas é mentira. Eu fui lá e estavam roubando tudo. Eles só tiraram a central porque não deu tempo de roubarem o resto. Depois disseram que tinha um vigia lá, mas não tem ninguém, levaram até vaso. Não tem mais nada!“, relatou.
À época, a Femarh justificou que a embarcação estava sem autorização para atuar na área, contudo o empresário afirma que estava regularizada. No total, a embarcação e equipamentos estavam avaliados em R$ 1,5 milhão.
Após a ação, o empresário conta que segue com prejuízos, já que até o momento ainda não houve pagamento de indenização e aguarda resolução na Justiça.
“Eu pago trinta mil reais por semana no aluguel de uma lancha, eu tenho que deixar de comer para cumprir com o meu compromisso com os caras [clientes] que eu vendi os pacotes. Eu tinha estrutura, tinha tudo”, relembrou.
Relembre o caso do flutuante
O empresário atua com pesca esportiva no Baixo Rio Branco há 21 anos. Por isso, a cada quatro anos ele renova a licença para trabalhar na região.
Mas, a Femarh disse que perdeu o processo que autoriza a operação da empresa dele no local. Por causa do transtorno, o empresário precisou refazer a documentação.
Jucelino afirma que tinha comprado o flutuante recentemente e que a embarcação tinha registro da Agência Fluvial de Caracaraí, subordinada à Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental.
Com isso, ele relata que a embarcação estava regularizada e que poderia atuar por 5 anos na região, desde o dia 1º de novembro de 2021.
Na ocasião, o empresário afirmou que não recebeu notificação dos órgãos sobre a apreensão do flutuante e por isso entrou com ação judicial contra os órgãos.
Fonte: Da Redação