Em Roraima, 5.869 migrantes venezuelanos estavam fora dos abrigos em agosto. A informação consta em dois relatórios da Organização Internacional para as Migrações (OIM), obtidos pelo Roraima em Tempo nesta segunda-feira (13).
O documento reúne dados de Boa Vista, capital roraimense, e do município de Pacaraima, na região Norte do estado, na fronteira com a Venezuela.
De acordo com os dados, Pacaraima é o município com o maior número de pessoas fora dos abrigos, somando 4.015. Em contrapartida, em Boa Vista, 1.854 venezuelanos estão na mesma situação.
Aumento
Em comparação ao mês de julho, o relatório revela aumento de 24% no número de migrantes fora dos abrigos em todo o estado.
Nesse sentido, o levantamento registra alta de 34,9% nos venezuelanos desabrigados em Pacaraima. Por outro lado, em Boa Vista, o estudo aponta queda de 1,4% na quantidade de migrantes fora dos abrigos.
Reabertura da fronteira
A OIM afirma que a reabertura da fronteira com a Venezuela é a responsável pelo aumento no número de migrantes fora dos abrigos em Roraima.
O Governo Federal autorizou a reabertura da fronteira no dia 24 de junho deste ano. Dessa forma, aumentou o fluxo de venezuelanos na fronteira que buscam refúgio no Brasil.
Além disso, o Roraima em Tempo mostrou ainda que, sem dinheiro para hospedagem, os venezuelanos que chegavam ao país estavam dormindo em acampamentos improvisados.
Ocupações de migrantes
Para a elaboração dos relatórios, a OIM mapeou e acompanhou 31 ocupações espontâneas em espaços públicos, bem como pessoas em situação de rua e no espaço de acolhimento instalado pela Operação Acolhida na Rodoviária.
Do total de ocupações mapeadas pela organização, 13 são em Boa Vista e 18 em Pacaraima. Conforme a OIM, cerca de 70% das ocupações espontâneas estão afastadas da área urbana.
Ainda de acordo com a organização, as ocupações se caracterizam pelas construções improvisadas, bem como pela falta de acesso às redes pública de luz, água e saneamento. Além disso, em 100% dos espaços é utilizada a fossa séptica como sistema de saneamento.
A OIM informou ainda que a temporada das chuvas contribui para o agravamento de água parada e, por consequência, a proliferação de mosquitos e possíveis casos de dengue.
Fonte: Da Redação