Merendeiras que deveriam atuar nas escolas indígenas estaduais denunciaram a demora no atendimento para a assinatura do contrato com o Governo de Roraima. O caso aconteceu nesta segunda-feira, (10) no Departamento de Educação Escolar Indígena (DEEI).
De acordo com uma denunciante que não quis se identificar, as merendeiras chegaram ao local para que o atendimento iniciassem às 8h. No entanto, só iniciou às 16h, ou seja oito horas depois.
Além disso, a mulher explicou que as merendeiras residem nas comunidades indígenas e que muitas estavam sem se alimentar desde cedo.
“Conforme o cronograma, o atendimento iniciaria às 8h da manhã. Todas vieram de comunidades indígenas para a assinatura do tal contrato. Só promessas. Muita gente foi embora sem assinar o contrato”, disse.
Além disso, quando as merendeiras questionaram os motivos da demora para o atendimento, só receberam a informação que havia um problema com o sistema. “Só falam que é erro do sistema e somente isso”, ressaltou.
A reportagem entrou em contato com o Governo de Roraima para posicionamento sobre o assunto e aguarda retorno.
Em maio, o Roraima em Tempo repercutiu a denúncia de que as escolas indígenas do Estado estavam sem as profissionais e que, por isso, haviam paralisado suas atividades.
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Protestos ocorreram nas escolas Genivaldo Thome Macuxi, na comunidade Vista Alegre, e na Escola Índio Dionísio Figueiredo, localizada na Comunidade do Milho em Boa Vista.
Há pelo menos cinco meses os estudantes não tinham acesso à merenda nas instituição, já que não há profissionais para o preparo.
Em fevereiro, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o Governo fizesse a contratação das merendeiras para as escolas indígenas.
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Assim, o Governo divulgou, em março, o seletivo para a contratação dos profissionais. O seletivo ofertou 246 vagas e o objetivo era atender as necessidades das escolas indígenas.
Questionado, o Governo disse que, em reunião com representantes de lideranças indígenas, comunicou a decisão de alterar a modalidade de contratação desses profissionais, após parecer da Procuradoria Geral do Estado de Roraima, cancelando o processo seletivo e optando pela contratação por meio de empresa terceirizada.
Fonte: Da Redação
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