A Organização Internacional para as Migrações (OIM) assumiu a gestão do alojamento temporário para imigrantes em Pacaraima, região Norte de Roraima.
O local funciona como suporte ao imigrantes que não possuem ainda local de residência ou alojamento durante os trâmites de documentação. Dessa forma, o espaço é uma resposta humanitária do Governo Federal, por meio dos serviços de pernoite, no novo Posto de Recepção e Apoio (PRA).
Os serviços tem início às 15h30, com o registro das pessoas, e seguem até as 8h do dia seguinte. No período da noite, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) e a Força-Tarefa do Exército Brasileiro fornecem o jantar.
Assim é feito um cadastro do perfil de beneficiários, com nome, idade e dependentes para que possam, através da geração de um QR Code, ter as informações pessoais compiladas no Sistema Acolhedor do Governo Federal.
Com o código, é possível saber se há pendências de documentação, interesse na Estratégia de Interiorização ou alguma necessidade especial, por exemplo.
Dessa forma, no alojamento o imigrante também pode usar banheiros com chuveiros, bebedouros mantidos por projeto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), espaço de conectividade do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para acesso à internet e ligações telefônicas, estações para carga de celulares e atividades de participação comunitária, como sessões informativas sobre temas diversos, rodas de conversa, exibição de filmes e ações de entretenimento.
Construído no fim do ano passado, e inicialmente gerido pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), o espaço hoje tem capacidade para receber até 300 pessoas para pernoite, atendendo famílias completas ou pessoas que viajam sozinhas.
Em junho, a Agência da ONU para as Migrações (OIM) assumiu a gestão do espaço em complemento ao apoio prestado à população refugiada e migrante venezuelana. Esta iniciativa da OIM vem completar sua atuação no PRA de Boa Vista visando ajudar os venezuelanos vulneráveis fora dos abrigos federais.
De acordo com a coordenadora de projetos da OIM em Pacaraima, Priscila Leite, além do atendimento aos venezuelanos, o espaço contribui para uma relação mais harmônica com o território de acolhida.
“Conseguimos, por meio do serviço de pernoite no PRA, oferecer, desde a chegada no Brasil, um atendimento acolhedor e acesso a informações seguras sobre o processo de regularização migratória. Em período chuvoso na cidade, por exemplo, a pessoa fica protegida para descansar, se hidratar, tomar banho, se alimentar. […] Desde a criação, não são mais identificados refugiados e migrantes venezuelanos em situação de rua à espera de documentação e de viagem pela Estratégia de Interiorização”, explica.
Fonte: Da Redação
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