Todos os filmes da série Sexta-Feira 13, do pior ao melhor

A coluna de hoje é uma homenagem à série “Sexta-feira 13”, com um ranking com todos os filmes do assassino Jason Voorhees.

Todos os filmes da série Sexta-Feira 13, do pior ao melhor

Todos os anos 80 foram de Jason Voorhees. Os únicos anos em que o assassino mascarado mais famoso do mundo não apareceu nos cinemas foram 1983 e 1987. No resto, bote sangue jorrado, olhos esbugalhados, crânios perfurados e outras atrocidades cometidas contra jovens que só queriam, bem, divertir-se em Crystal Lake.

Na verdade, ele não só matou, mas também MORREU de diversas formas. Sofreu pancadas, machadadas, tiros, perfurações variadas, marteladas, pedradas, além de ter sido atropelado, eletrocutado, esmagado, incendiado, explodido (!) e queimado por entrar na estratosfera (é sério!). Mesmo assim, Jason estava de pé no filme seguinte. E isso, apesar de surreal, era o maior barato.

Mesmo não tendo amores da crítica, o carinho do público é inquestionável. E pode apostar que a alta classificação etária não impediu Jason de fazer parte da juventude de muita gente que ficava altas horas na telinha.

Como estamos na semana de Sexta-Feira 13, decidi lançar meu ranking com todos os 12 filmes do mascarado, contando com o crossover Freddy vs. Jason. Ao final, pode colocar seu próprio ranking.

E feliz Sexta-feira 13 antecipada!

12. SEXTA-FEIRA 13 PARTE V: UM NOVO COMEÇO (1985)

ou “aquele que não tem Jason”

A única razão para essa pataquada existir foi o tintilar da caixa registradora da Paramount Pictures. Em um dos piores roteiros da série, o assassino não é Jason, mas um imitador que tem uma motivação desenvolvida nas carreiras. Para compensar ou distrair, a produção enche a tela com mais mortes e muito mais nudez feminina. Não adiantou. Um Novo Começo junta tudo de pior que a série tem e é, de longe, o mais fraco Sexta-Feira 13 de todos. E aquele gancho final, sinceramente, causa muita vergonha alheia.

11. SEXTA-FEIRA 13 PARTE VIII: JASON ATACA NOVA YORK (1989)

ou “aquele da cidade grande”

Origem do meme em que Jason chuta um aparelho de som na rua (geralmente usado para zombar de uma música ruim nas redes sociais), Jason Ataca Nova York é o mais cafona de toda a saga, com todos os vícios estéticos dos anos 80 e mortes que trazem mais risos do que sustos. Afinal, Jason decapita um lutador com um soco, fura uma mulher vaidosa com um espelho, empurra uma pedra quente em um banhista de sauna e mata uma roqueira com uma guitarrada na cabeça. Pelo menos, ninguém pode o chamar de incoerente.

10. SEXTA-FEIRA 13 PARTE 2 (1981)

ou “aquele da estopa na cabeça”

Primeiro filme protagonizado por Jason, já crescido e com um saco de estopa cobrindo a cabeça. Aqui, ele inicia sua predileção por matar casais de jovens “transantes” e o gosto por instrumentos perfurocortantes, elementos que marcaram a série para sempre. Seu rosto repugnante é mostrado na última cena, depois de um plano bem sucedido da final girl da vez, na única chance que ela tinha para dar cabo dele. Assim como no anterior, ele sempre volta para assombrar. É bom, mas não tão marcante.

9. JASON VAI PARA O INFERNO: A ÚLTIMA SEXTA-FEIRA (1993)

ou “aquele do espírito do Jason”

Jason é o protagonista do filme – só que não. Bem, pelo menos não visualmente. É que ele está morto, mas seu espírito passa de corpo em corpo conforme a necessidade de Jason. Tem um suspense bem construído graças a eficácia do vilão em praticar seus crimes enquanto persegue um alvo em especial para retornar à vida. O elemento mágico, com adaga sagrada e tudo, pode não convencer ninguém, mas, vai lá, é bem divertido. E a cena do sexo na tenda tem uma das melhores mortes de todos os filmes.

8. SEXTA-FEIRA 13 PARTE 3 (1982)

ou “aquele da máscara de hóquei”

A célebre máscara é usada por Jason a partir daqui, que, também, é onde acontece uma das mortes mais famosas: Jason pressiona cabeça da vitima com as mãos, fazendo seus olhos se esbugalharem. Mas o melhor é a batalha final, com a assustadora cena de Jason perseguindo a protagonista mesmo com um machado cravado no crânio – e já deixando uma “cicatriz” eterna na parte de cima da máscara. Uma boa continuação, com a primeira vez em que um capítulo termina com o vilão derrotado de fato.

7. SEXTA-FEIRA 13 (2009)

ou “aquele dos túneis”

Este remake do primeiro filme tenta recontar a história para a geração 2010. A diferença é que a história de Pamela Voorhees é contada no prelúdio para deixar o filme ao grande astro. Enfim, Jason está muito mais inteligente aqui, criando atalhos e armadilhas para apanhar os jovens incautos, além de correr muito. O lado negativo é que a maioria das mortes acontece no escuro. Era para ser uma nova série, mas não decolou. Uma reinvenção razoável, mas bem mais digno que a refilmagem de A Hora do Pesadelo.

6. SEXTA-FEIRA 13: CAPÍTULO FINAL (1984)

ou “aquele do garotinho careca”

Concebido para ser o último filme de Jason, Capitulo Final é um grande blefe, que até encerraria a série com dignidade se parasse ali mesmo. O ponto-chave foi a aparição do jovem Tommy, que raspa a cabeça para ficar parecido com o Jason-criança e atrai o vilão para a improvisada armadilha final. Até lá, mais mortes brutais e a insistência dos jovens em nadarem no lago maldito, quase sempre à noite e pelados, sendo tentador torcer pelo Jason às vezes. É  mais do mesmo, mas com um certo charme.

5. SEXTA-FEIRA 13 (1980)

ou “aquele da mãe do Jason”

No primeiro filme da franquia, a autoria dos assassinatos é uma incógnita. É apenas no último ato que o grande vilão é revelado. Ou melhor, vilã: Pamela Voorhees, mãe do pequeno Jason, um garoto de 11 anos que morreu afogado nas águas de Crystal Lake. Aqui começou a mitologia do ícone do terror na esteira do sucesso do primeiro Halloween, lançado dois anos antes, e consolidaram o subgênero slasher. E a inesquecível cena final da sobrevivente no lago é um dos grandes momentos do terror nos anos 80.

4. JASON X (2001)

ou “aquele do espaço”

Que a ideia é anos-luz mais doida que levar Jason a Nova York, todos já sabemos. Mas não é que funciona? Jason X é um misto de terror e ficção científica que se beneficia do carisma do personagem e de mortes bem bacanas, como a do rosto no nitrogênio líquido e a da queda na espiral. Melhor ainda: no final, ele se transforma em uma espécie de Super Jason, graças a um aparelho de regeneração. Pode rir, mas eu daria tudo para ver uma nova série com essa versão turbinada do mascarado. Pena que não rolou.

3. SEXTA-FEIRA 13 PARTE VII: A MATANÇA CONTINUA (1988)

ou “aquele da moça paranormal”

É o filme com o melhor visual de Jason, com a coluna vertebral e costelas à mostra e as correntes que o seguravam no fundo do lago formando um adereço involuntário. A ressurreição da vez foi causada por uma garota paranormal. Onde? Crystal Lake. Assim, a matança continua na floresta, com outra morte famosa: a da garota no saco de dormir. A derrota de Jason no final é uma das mais emocionantes da saga, com um grande ciclo se fechando e o famoso Crystal Lake deixando de vez de ser o palco principal da série.

2. FREDDY X JASON (2003)

ou “aquele da melhor batalha de vilões do cinema”

Alien vs. Predador? Esquece: Freddy X Jason é o maior encontro de vilões de todos os tempos. Ao contrário da obra dos monstros espaciais, Freddy vs. Jason nem tenta se levar a sério. Ao contrário, tira sarro dos maiores clichês oitentistas das duas séries, como beldades de topless, sangue que jorra como mangueira de água e as piadas macabras do Freddy. É tanto carisma em um só banho de sangue que fica difícil saber a quem torcer. E já falei que essa foi a sessão de cinema mais divertida da minha vida?

1. SEXTA-FEIRA 13 PARTE VI: JASON VIVE (1986)

ou “aquele do raio que ressuscita”

Depois de perceber que Sexta-Feira 13 sem Jason não funciona, o estúdio tratou de ressuscitar o vilão – literalmente. O roteiro ganha esperteza ao apostar na autoparódia, personagens com ideias menos idiotas, uma batalha final empolgante em Crystal Lake e até quebra da quarta parede. Além disso, Jason Vive adicionou dois novos elementos: a sobrenaturalidade e a habilidade de Jason de caminhar, caminhar e alcançar as vítimas mesmo assim. Engraçado, mortífero e, vejam só, bem escrito e bem dirigido para os padrões da série.

Sem dúvida, é o melhor Jason de todos.

Júnior Guimarães é jornalista e escreve a coluna Cinema em Tempo. Toda semana aqui no Roraima em Tempo temos uma análise sobre o mundo cinematográfico. No Youtube, Júnior tem um canal onde faz críticas e avaliações sobre cinema.

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JEFFERSON PEREIRA DE SOUZA

Na minha opinião foi o 7

JEFFERSON PEREIRA DE SOUZA

Na minha opinião foi o 7 de 1988 o começo foi o melhor da série e no final tbem a matança continua

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