As mulheres ganham 18,7% a menos do que os homens em Roraima. No estado, a remuneração média dos homens é de R$ 2.460,70, enquanto a das mulheres é de R$ 2.001,25. É o que aponta o 2º Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres. Os dados foram extraídos de informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência da Lei nº 14.611/2023.
A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes. Ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência.
Em Roraima, a diferença de remuneração entre os gêneros varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 5,3%. Já em cargos técnicos de nível médio, chega a 35%.
No total, 88 empresas roraimenses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 23.185 pessoas empregadas. Em março, o primeiro relatório indicou que, em média, as mulheres recebiam 82,7% do salário pago aos homens no estado, ou 17,3% a menos. No primeiro ciclo, 89 empresas enviaram informações referentes a 21.258 pessoas empregadas.
No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é bem maior que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 5,9 mil e 3,1 mil, respectivamente. Contudo, mulheres negras recebem, em média, 4,69% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 5,4%.
O documento registrou que, em Roraima, 59,4% das empresas possuem planos de cargos e salários; 37,5% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 37,5% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 25% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 18,8% dos estabelecimentos contam com a política.
O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.
Fonte: Da Redação
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