Os profissionais da Educação de Roraima paralisaram as atividades nesta quarta-feira (16). Reunidos na Praça do Centro Cívico de Boa Vista, eles pretendem pressionar o governo por reposição salarial e pagamento de progressões.
A batalha por uma reposição salarial considerada justa pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) se estende desde novembro do ano passado. Os protestos começaram enquanto a Lei Orçamentária Anual de 2022 estava em pauta.
Neste mês, esta é a segunda vez que a categoria se mobiliza. A primeira ocorreu em 9 de março com a reunião de cerca de 1,5 mil profissionais.
O governo chegou a reajustar em 11% o salário de todos os servidores. No entanto, há sete anos a Educação não recebia reajuste. Logo, os profissionais apontam que o salário foi corroído pela inflação e, dessa forma, é necessário uma reposição do valor.
“Temos perdas salariais há sete anos. Queremos que o Governador faça esse reajuste, pois é um direito nosso, é verba federal. Esperamos que ele pague os 25% restante à categoria”, diz o manifestante Rubenildo Pereira.
Além disso, os profissionais cobram o cumprimento do piso do magistério 2022, no valor de R$ 3.845,63, aliado a um terço de jornada extraclasse.
O Roraima em Tempo entrou em contato com o governo e aguarda resposta sobre o caso.
Reunião com governador
Durante a paralisação do dia 9, a diretoria do Sinter conseguiu uma reunião com o governador Antonio Denarium (PP). O espaço na agenda foi marcado para essa segunda-feira (14) após três pedidos registrados em ofícios.
No entanto, a diretora do Departamento da Mulher Trabalhadora em Educação do Sinter, Antônia Pedrosa, afirma que não houve acordo. Denarium sequer esteve presente na reunião e enviou uma equipe para representá-lo.
Além da reposição salarial, o Sinter também pede encaminhamento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos técnicos em educação. A categoria reivindica ainda o pagamento das progressões horizontais e verticais, bem como as progressões dos profissionais que já estão aposentados.
“Na última reunião, ele [Denarium] não estava presente, ou seja, ele não teve coragem para sentar e participar de uma negociação. Se ele não fizer esse reajuste deve mudar o nosso PCCR. por isso, vamos passar o dia aqui acompanhando a mobilização nacional”, disse.
O Sinter pretende ainda pedir apoio aos deputados estaduais. Inclusive, ao presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), o deputado Soldado Sampaio (PCdoB).
Fonte: Da Redação