Força-tarefa que investiga atentado contra jornalista é prorrogada

Portaria autorizando a prorrogação foi publicada no Diário Oficial do Estado

Força-tarefa que investiga atentado contra jornalista é prorrogada
Força-tarefa foi criada no dia 13 de novembro de 2020 – Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Roraima (PCRR) prorrogou por mais 90 dias a força-tarefa que investiga o sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos.

A portaria autorizando a prorrogação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 22 de outubro. O delegado-geral da PCRR, Herbert Amorim, assina o documento.

Conforme a portaria, a prorrogação ocorre após o delegado João Evangelista, responsável pelo caso, informar à Civil sobre a necessidade de mais tempo para concluir os trabalhos.

Força-Tarefa

A PCRR criou a força-tarefa para investigar o sequestro do jornalista no dia 13 de novembro de 2020.

De acordo com inquérito da Civil, uma semana após a criação do grupo de investigação, o deputado Jalser Renier (SD) ameaçou o governador Antonio Denarium (PP) e exigiu o fim dos trabalhos.

O inquérito aponta Jalser Renier como suspeito de ser o mandante do atentado contra Romano dos Anjos.

Além disso, o inquérito indica que o delegado-geral e o adjunto da Civil, Herbert Amorim e Eduardo Wayner, queriam tirar João Evangelista do comando da força-tarefa.  

A Corregedoria-Geral da PCRR abriu processo administrativo para apurar a interferência dos dois delegados nas investigações.

Operação Pulitzer

Nessa terça-feira (26), o sequestro e tortura de Romano completou um ano e o Roraima em Tempo publicou uma matéria relembrando detalhes do atentado.

Em setembro deste ano, a Operação Pulitzer prendeu sete suspeitos pelo sequestro de Romano. Seis deles eram militares e um ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

Em seguida, no dia 1º de outubro, a operação prendeu Jalser Renier e outros três policiais militares suspeitos de participarem do atentado.

Relaxamento da prisão

Três dias após a prisão de Jalser, a ALE-RR decidiu, por unanimidade, manter a prisão do parlamentar. Desde 2019, os deputados estaduais têm imunidade parlamentar e as prisões precisam ser submetidas à análise das Casas Legislativas.

Apesar disso, Jalser acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) argumentando que a prisão era ilegal, pois, como parlamentar, ele não se trata de um “cidadão comum”.

Em seguida, a Justiça concedeu o relaxamento da prisão e soltou o parlamentar. Assim, no dia 6 de outubro ele colocou uma tornozeleira eletrônica na casa onde vive.

Fonte: Da Redação

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