O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) destruiu 59 pistas de pouso clandestinas na Terra Yanomami. A ação ocorreu entre os dias 26 de agosto e 7 de setembro.
Além disso, o Ibama achou três portos no Rio Uraricoera, e cinco helipontos que ajudavam o garimpo na região.
“Os agentes identificaram que o abastecimento ocorria principalmente de forma aérea, e que os infratores usavam pistas irregulares para receber combustível, alimentos e outros itens de consumo”, diz.
O Ibama também apreendeu 11 aeronaves, oito veículos, três tratores e 15,1 mil litros de combustíveis. A operação teve o apoio da Agência Nacional de Aviação Civil e da Força Nacional.
Investigação contra Ibama
Ontem, o jornal mostrou que um empresário, alvo da ação, pediu uma investigação contra os agentes do Ibama.
De acordo com ele, os agentes entraram em uma fazenda no dia 7 de setembro. Ele fala que estavam armados e, logo depois, mandaram os funcionários colocarem a mão na cabeça.
O empresário está envolvido no caso da apreensão de helicópteros, em agosto. A ação ocorreu em Boa Vista.
Decisão judicial e conflitos
A ação do Ibama ocorre depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) mandar tirar os invasores de terras indígenas.
O processo no STF foi feito pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em junho de 2020.
Logo depois, em maio deste ano, 17 entidades cobraram do STF uma resposta mais firme em relação aos conflitos na Terra Yanomami, e falaram no risco de massacre.
A região tem constantes ataques de quem explora ilegalmente o ouro. Mais de 20 mil garimpeiros estão no local.
De maio a junho deste ano, organizações fizeram ofícios para relatar a violência contra os Yanomami.
De acordo com a Hutukara, os invasores atiraram e usaram bombas para intimidar os indígenas.
Desde então, os órgãos fazem operações a fim de combater o garimpo ilegal.
Por Redação