Justiça autoriza recambiamento de Telmário Mota para Roraima

Ex-senador, acusado de ser o mandante do assassinato da mãe da própria filha foi preso na noite do dia 30 de outubro em Goiás

Justiça autoriza recambiamento de Telmário Mota para Roraima
Telmário Mota foi preso no interior de Goiás – Foto: Sérgio Márcio/TV Record Goiás

A Justiça autorizou na manhã desta quinta-feira, (9) o recambiamento de Goiás para Roraima, do ex-senador Telmário Mota. Ele está preso desde o dia 30 de outubro.

Conforme a Polícia Civil de Roraima (PCRR) mais uma fase da investigação para esclarecer o assassinato de Antonia Araújo Sousa, de 52 anos, ocorrido no dia 29 de setembro deste ano, no bairro Senador Hélio Campos, foi concluída.

A prisão de ‘Nei Mentira’

Além disso, no início da noite dessa quarta-feira, (8), Harrison Nei Correa Mota, conhecido como “Ney Mentira” se entregou à Polícia. Em interrogatório ao delegado da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), João Evangelista, o investigado negou ter participado o crime.

Após várias diligências efetuadas pela Polícia Civil, o cerco para localizar o foragido se fechou e ele decidiu se apresentar na sede do DRACO (Distrito de Repressão As Ações Criminosas Organizadas), acompanhado de seu advogado.

Do mesmo modo, o interrogatório durou três horas e, ao final, o advogado de Nei informou que ele manifestou interesse em falar com a imprensa. “Eu estava no mato intocado. Não tinha advogado e o meu pai foi quem disse que me ajudaria, porque eu não devo nada neste crime. A motocicleta, eu comprei da Cleidiane e entreguei para ela. Ela me deu 4 mil reais e ganhei 500 de comissão. O dinheiro era dela. Eu estava com medo, um monte de acusação contra mim, de que planejei crime. Eu não devo nada disso, já fiz coisas erradas, mas já paguei na Justiça. Não passei arma para a Cleidiane e nem tive contato com o ex-senador”, disse.

O delegado João Evangelista, disse que concluiu essa fase da investigação, marcada por uma série de diligências, inclusive fora do estado, com auxílio de outra forças policiais.

“Finalizamos a primeira etapa da operação, com a prisão de H. N., que se apresentou. É uma investigação complexa. Existe uma circunstância do dia do fato, outras relacionadas aos dias anteriores ao fato. Precisamos pormenorizar, aprofundar, para saber exatamente quem está envolvido e o que cada um fez. Cada peça que vamos juntando agora, vamos criando informações que serão interessantes para a Justiça”, disse.

Investigações

Quanto aos projéteis apreendidos na Fazenda Caçada Real, o delegado disse que são objetos de análises periciais no Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida( ICPDA). E que aguarda os laudos que vão ser confrontados com outras informações na investigação. “Estamos agora em um momento de verificar quem fez o quê, como foi realizado esse planejamento e apreciar a conduta de cada um. Ainda estamos na fase de oitivas, de interrogatórios e prefiro evitar comentários sobre, inclusive as informações prestadas pelo Nei, mas estamos evoluindo”, disse.

Fonte: Da Redação

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