Nessa terça-feira (23) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, soltar dois militares e um ex-servidor da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) presos na Operação Pulitzer, pelo sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos.
Após o STJ negar pela segunda vez o pedido de habeas corpus do coronel Moisés Granjeiro de Carvalho, do coronel Natanael Felipe de Oliveira Júnior e do ex-servidor Luciano Benedicto Valério, eles recorreram da decisão.
As defesas do presos solicitaram revisão e argumentaram que a decisão foi monocrática, pois apenas um ministro tomou a decisão.
Nesse sentido o relator Jesuíno Rissato reuniu os demais ministros para julgar o agravo regimental, onde por unanimidade mantiveram a decisão e negaram novamente o habeas corpus.
Além dos citados acima, o STJ negou por duas vezes o pedido de liberdade dos militares: Nadson José Carvalho Nunes, Gregory Thomaz Brashe Júnior, Clóvis Romero Magalhães Souza e Vilson Carlos Araújo.
Com exceção do deputado Jalser Renier (SD), todos os presos pelo sequestro de Romano dos Anjos tiveram seus pedidos de liberdade negados pela Justiça.
Jalser é suspeito de ser o mandante do sequestro do jornalista, no entanto o STJ concedeu liberdade a ele, em 6 de outubro, com uso de tornozeleira eletrônica.
O coronel Moisés Granjeiro foi preso em outubro, na segunda etapa da Operação Pulitzer. Segundo a investigação, o coronel fazia parte da organização criminosa e ocupava uma das funções de chefia. Ainda mais, a apuração comprovou que Granjeiro monitorou a casa e a rotina de Romano antes e depois do crime.
As investigações apontam o coronel Natanael Felipe como maior autoridade entre os policiais da organização criminosa. Ele coordenava as ações dos outros envolvidos.
As apurações indicam que ele delegou ao policial Nadson Nunes, outro suspeito, que acompanhasse o depoimento de Nattacha Vasconcelos, esposa do jornalista. E também ordenou que o tenente-coronel Paulo Cézar, fizesse a vigilância da Polícia Federal (PF).
O ministro Jesuíno Rissato destacou anteriormente a necessidade da prisão de Natanael pela garantia da ordem, pois o coronel tem treinamento em força-tática.
O ex-servidor da ALE-RR, Luciano Benedicto foi preso pela primeira vez em 17 de setembro. Contudo, após o prazo de 30 dias, em 17 de outubro, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) o soltou, devido ao fim do prazo de prisão temporária.
Ocorre que, inicialmente, Benedicto estava em prisão temporária, que tem o prazo máximo de 30 dias. No entanto, em 3 de outubro, a prisão foi convertida em preventiva, que não tem prazo para soltura.
Após denúncia da imprensa, o Ministério Público de Roraima (MPRR) ficou ciente da liberdade do ex-servidor e solicitou novamente a prisão ao Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). Dessa forma, em 13 de novembro, a Polícia Civil de Roraima (PCRR) o prendeu outra vez.
As investigações comprovaram que o celular do ex-servidor se conectou à base da operadora próximo à casa de Romano. Conforme a PCRR, Benedicto monitorou a vítima no dia anterior ao sequestro.
Além disso, no dia da prisão ele alegou ter perdido o celular. Assim, além de outros crimes, o investigado foi acusado de embaraçar as investigações.
No dia 26 de outubro do ano passado, criminosos invadiram a casa do jornalista Romano dos Anjos, quando ele jantava com a esposa, Nattacha Vasconcelos. Os dois foram amarrados, amordaçados e ameaçados de morte.
Os criminosos levaram Romano no seu próprio carro e deixaram a esposa dele amarrada em casa. O apresentador sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e foi abandonado no Bom Intento, zona Rural de Boa Vista. Além disso, os criminosos atearam fogo no carro.
Fonte: Da Redação
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