O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (PCdoB), convocou uma sessão extraordinária para as 17h de hoje (4) para discutir a prisão de Jalser Renier (SD).
A princípio, às 15h, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) volta a analisar a prisão do deputado.
A presidente da comissão, Catarina Guerra (SD), convocou os membros: Renan Filho (Republicanos), Evangelista Siqueira (PT), Aurelina Medeiros (Pode), Jorge Everton (sem partido), Coronel Chagas (PRTB) e Lenir Rodrigues (PPS).
O relator do caso na CCJ, deputado Coronel Chagas (PRTB), apresenta um parecer, que será levado para apreciação de todos os deputados.
Por lei, a Casa precisa decidir se mantém ou derruba a prisão preventiva de Jalser, preso por suspeita de ser o mandante do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2019, estender a imunidade de deputados federais e senadores aos parlamentes estaduais. Dessa forma, eles só podem ser mantidos presos se a Casa assim entender.
Prisão e defesa
No dia 1º de outubro, o Ministério Público deflagrou a segunda fase da Operação Pulitzer, com a participação das Polícias Civil e Militar.
Jalser foi preso por ordem da juíza Graciete Sotto Mayor e levado para o Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, onde aguarda decisão da Assembleia.
Na noite do mesmo dia, a juíza comunicou a Casa. No sábado, a CCJ notificou o parlamentar para se defender em 48h, mas ele abriu mão da defesa.
Mesmo assim, pelo Regimento Interno, um procurador jurídico efetivo da Assembleia vai defender Jalser. O nome dele não foi revelado.
Também foram presos os coronéis Moisés Granjeiro e Natanael Felipe, além do sargento Bruno Inforzato. Na primeira fase seis policiais militares e um ex-servidor da Assembleia foram presos. (Leia aqui)
Suspeita
Jalser é suspeito de mandar sequestrar e torturar o jornalista Romano dos Anjos. O caso ocorreu no dia 26 de outubro de 2020.
Conforme o inquérito revelado com exclusividade pelo Roraima em Tempo, ele chefiava a organização criminosa formada por policiais militares da reserva e da ativa.
Juntos, de acordo com as investigações, foram responsáveis pelo crime contra o apresentador. Contudo, Jalser já negou envolvimento.
O documento indica que um dos militares presos fez um convite para outro policial e disse que Jalser havia ordenado um “recado” ao jornalista.
No mês passado, Soldado Sampaio disse que Jalser ameaçou de morte o governador Antonio Denarium (PP). Logo depois, Denarium confirmou a declaração do deputado.
Entretanto, Jalser também negou qualquer ameaça, e disse que nunca fez nada contra ninguém. Além disso, criticou os parlamentes e o delegado João Evangelista, que cuida do caso.
Por Redação