Filho do deputado Hiran Gonçalves é nomeado no governo com salário de R$ 16 mil

Para nomear “Hiranzinho”, Denarium exonerou o professor Pedro Cerino do cargo

Filho do deputado Hiran Gonçalves é nomeado no governo com salário de R$ 16 mil
Hiran Gonçalves com o filho e o governador Antonio Denarium – Foto: Reprodução/ Facebook Hiran Gonçalves

O governador Antonio Denarium (PP) nomeou o filho do deputado federal Hiran Gonçalves (PP) no cargo de diretor-geral do Instituto de Modernização Pública da Secretaria de Estado da Gestão Estratégica e Administração (Segad). A nomeação está no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 17 de janeiro.

Desse modo, o filho do deputado, que também se chama Hiran Gonçalves, vai receber o salário de R$ 16 mil. Assim, ele substitui o professor e doutor Ciência Política, Pedro Cerino, formado em Direito e Contabilidade.

Para nomear Hiran, Denarium exonerou Pedro Cerino do cargo e, em seguida, o nomeou como vice-presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL).

O Roraima em Tempo questionou o governo sobre quais critérios o governador considerou para realizar a mudança.

Vésperas de eleições

No dia 10 de janeiro, o parlamentar publicou foto com o filho no gabinete do governador. Ele escreveu o seguinte texto: “Meu filho Hiranzinho chegando pra nos ajudar na caminhada vitoriosa”.

A nomeação de Hiranzinho ocorre às vésperas das Eleições 2022, em que o pai é pré-candidato ao Senado. Ele pretende concorrer na chapa de Antonio Denarium.

Indicação do deputado

Além do filho, o deputado Hiran Gonçalves também tem nomeado em cargo de secretário o tesoureiro do seu partido, Anselmo Menezes. O salário é de R$ 23 mil. Dessa forma, ele ocupa o cargo de secretário da Segad, onde agora também trabalha o filho do parlamentar. Anteriormente, Anselmo estava como adjunto da CPL.

Além disso, a esposa do deputado também atua no primeiro escalão da gestão de Denarium. Gerlane Baccarin (PP) é a titular da Secretaria de Representação em Brasília (Serbras). Ela também recebe o salário de R$ 23 mil.

Em novembro do ano passado, Gerlane teve que devolver R$ 114 mil recebidos ilegalmente por acúmulo de cargos públicos.

À época, a defesa e o governo disseram que a secretária foi vítima de uma falha na folha de pagamento. 

Enquanto servidora efetiva do governo, Gerlane foi cedida para o Ministério da Saúde, onde exercia o cargo de secretária de Gestão Estratégica e Participativa.

De acordo com o Ministério Público de Roraima (MPRR), ela recebeu entre janeiro de 2017 e setembro de 2018 os salários das duas funções. Ou seja, durante os 20 meses, o valor chegou a R$ 114.060,73.

Nota do governo

Em nota, o governo informou que as entradas e saídas de servidores no poder público são absolutamente normais e buscam oxigenar cargos e funções.

Disse ainda que Hiran Gonçalves, com seu espírito jovem, ajudará na modernização da administração pública
estadual.

A redação também tenta contado com o deputado Hiran Gonçalves.

Fonte: Da Redação

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