O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) contrário à candidatura do deputado Eder Lourinho (PSD). O promotor Alisson Fabiano Estrela Bonfim assinou o documento nessa terça-feira (16).
O promotor alegou que o parlamentar encontra-se inelegível. Pois o TRE-RR cassou o diploma de Lourinho em novembro do ano passado por compra de voto.
Lembrou ainda que houve a comprovação da entrega de dinheiro a eleitores, por intermédio de terceiros, visando à obtenção de votos em favor de Lourinho e do ex-secretário de Saúde do Governo, Airton Cascavel.
O juiz relator, Francisco de Assis Guimarães Almeida, determinou a citação de Eder Lourinho e solicitou a sua manifestação sobre o parecer do MPE.
Lembre o caso
Em outubro de 2018, um dia antes das eleições, o MPE fiscalizava a região da Prainha, em Caracaraí, quando viu uma reunião.
Os agentes resolveram ir até o local, pois um carro de luxo estacionado chamou a atenção, já que estava em uma região periférica da cidade.
Na ocasião, quatro pessoas acabaram presas. Uma delas se tratava de um pastor evangélico. No veículo, os agentes encontraram R$ 6,6 mil.
Conforme as investigações, o valor era para pagar os eleitores em troca de votos para Eder e Cascavel. Além disso, o MPE recolheu santinhos e listas com nomes de moradores.
Os depoimentos de sete pessoas confirmaram que o dinheiro se tratava de um “agrado” para apoiar os candidatos. Assim, uma das promessas do pastor era fazer um churrasco depois das eleições e convidar os eleitores.
Os relatos de Cascavel, Eder Lourinho e os envolvidos entraram em contradição. O que sustenta, conforme o relator, juiz Luiz Alberto de Morais Júnior, a prática criminosa.
Cascavel, por exemplo, disse que o dinheiro encontrado no carro seria para pagar por um passeio turístico depois das eleições, para “relaxar”.
Fonte: Da Redação