MP Eleitoral pede indeferimento de candidatura de Eder Lourinho

Deputado teve o diploma cassado em novembro do ano passado por compra de votos em Caracaraí nas eleições de 2018

MP Eleitoral pede indeferimento de candidatura de Eder Lourinho
Eder Lourinho está no primeiro mandato – Foto: Reprodução/Facebook Eder Lourinho

O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) contrário à candidatura do deputado Eder Lourinho (PSD). O promotor Alisson Fabiano Estrela Bonfim assinou o documento nessa terça-feira (16).

O promotor alegou que o parlamentar encontra-se inelegível. Pois o TRE-RR cassou o diploma de Lourinho em novembro do ano passado por compra de voto.

Lembrou ainda que houve a comprovação da entrega de dinheiro a eleitores, por intermédio de terceiros, visando à obtenção de votos em favor de Lourinho e do ex-secretário de Saúde do Governo, Airton Cascavel.

O juiz relator, Francisco de Assis Guimarães Almeida, determinou a citação de Eder Lourinho e solicitou a sua manifestação sobre o parecer do MPE.

Lembre o caso

Em outubro de 2018, um dia antes das eleições, o MPE fiscalizava a região da Prainha, em Caracaraí, quando viu uma reunião.

Os agentes resolveram ir até o local, pois um carro de luxo estacionado chamou a atenção, já que estava em uma região periférica da cidade. 

Na ocasião, quatro pessoas acabaram presas. Uma delas se tratava de um pastor evangélico. No veículo, os agentes encontraram R$ 6,6 mil.

Conforme as investigações, o valor era para pagar os eleitores em troca de votos para Eder e Cascavel. Além disso, o MPE recolheu santinhos e listas com nomes de moradores.

Os depoimentos de sete pessoas confirmaram que o dinheiro se tratava de um “agrado” para apoiar os candidatos. Assim, uma das promessas do pastor era fazer um churrasco depois das eleições e convidar os eleitores.

Os relatos de Cascavel, Eder Lourinho e os envolvidos entraram em contradição. O que sustenta, conforme o relator, juiz Luiz Alberto de Morais Júnior, a prática criminosa.

Cascavel, por exemplo, disse que o dinheiro encontrado no carro seria para pagar por um passeio turístico depois das eleições, para “relaxar”.

Fonte: Da Redação

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