Fingiu demência
Os Yanomami sempre estiveram abandonados em Roraima. Passando fome e doentes, eles nunca contaram com apoio do governador, assim como de Hiran Gonçalves. Mas agora, que Roraima virou motivo de vergonha internacional, esses dois políticos usam a tragédia dos indígenas para parecer que são bonzinhos. Até mesmo um abrigo Denarium se propôs a montar para os Yanomami. Por outro lado, ele passou os 4 últimos anos fingindo demência. Enquanto o assunto não tomou as manchetes dos principais jornais do mundo, Yanomami não existia para Denarium.
Pediram ajuda
Os Yanomami pediram ajuda. E muitas vezes. O próprio Júnior Yanomami, um dos líderes deles, pediu socorro por meio de documentos e pelas redes sociais. A Associação Hutukara também. E, do mesmo modo, a imprensa. Os jornais noticiam a tragédia dos indígenas desde 2020. E as reportagens não foram poucas. Entretanto, o governador de Roraima se fez de demente. Nem se quer enviou as cestas básicas eleitoreiras par ajudar. Porque, afinal, os Yanomami não votam.
Por outro lado…
Por outro lado, bastou o Governo Federal fechar o tráfego aéreo na TI Yanomami e os garimpeiros pedirem socorro que Denarium correu em Brasília para pedir ajuda. Assim como Mecias de Jesus e Hiran Gonçalves. Esses mesmo políticos que passaram quatro anos de olhos fechados para os Yanomami. Não é que os garimpeiros sejam menos merecedores de apoio nesse momento. Mas é que os Yanomamis também mereciam e não tiveram ajuda.
Mudanças
O procurador-geral da República, Augusto Aras, emitiu parecer favorável à tese do PSB-DF sobre e contagem proporcional dos votos. Trata-se da disputa pela vaga de deputado federal que “sobrou” após a distribuição conforme as regras da eleição proporcional. Dessa forma, se o STF tiver o mesmo entendimento que Aras, Roraima terá a saída de dois deputados federais para a entrada de outros dois. Assim, saem o Pastor Diniz (União) e Albuquerque (Republicanos). Quem entra é Edio Junior (PL) e Delegado Francisco (PP).
Missão Evangélica
A Missão Evangélica Caiuá elaborou um relatório onde lista uma série de denúncias realizadas por pessoas que não querem ser identificadas, “pois suas vidas estariam em risco”. A primeira denúncia é de que o Dsei-Y é alvo de investigação do MPF por desvio de medicamentos por parte do coordenador. No relato, o denunciante afirmou que o senador Mecias de Jesus (Republicanos) é “dono” do Distrito. Vale lembrar que Mecias foi um dos responsáveis por indicar os três últimos gestores do Dsei Yanomami. Conforme a missão, o próprio presidente do controle social tem envolvimento com o garimpo e “existem relatos sobre a troca de medicamentos por ouro”. O documento também destaca os casos de desnutrição grave na região do Surucucu e em outras comunidades, além da ocorrência de casos de malária, verminoses, diarreia e doenças trato respiratórias, como pneumonia, em todo território.
Mais uma vez…
Mais uma vez esta coluna lembra que o senador Mecias foi quem indicou os coordenadores do Dsei Yanomamni nos últimos 4 anos. E que foi exatamente na gestão deles que os Yanomami entrarm em crise humanitária. E também foi na gestão deles que a PF deflagrou operação para apurar desvios de medicamentos.