Escolas estaduais de RR já são alvos de denúncias um mês após início do ano letivo

Reclamações vão de falta de merendeira e cuidadores a transporte escolar precário

Escolas estaduais de RR já são alvos de denúncias um mês após início do ano letivo
Fachada da Seed – Foto Gabriel Cavalcante/Roraima em Tempo

Ano letivo

O Governo do Estado tem dois meses para planejar o início do ano letivo, mas acaba deixando a desejar em vários aspectos básicos. Os pais de alunos da Escola Estadual Indígena Vovô Leonardo Gomes, em Bonfim, por exemplo, está sem merendeiras, cuidadores e estrutura adequada. Além disso, não há cadeiras o suficiente para atender a demanda de estudantes, que estudam embaixo de um malocão, à deriva de alguns riscos. É o que relatou uma mãe preocupada à imprensa. Em nota, a Secretaria de Educação se limitou a dizer que a unidade está incluída entre as unidades que serão reformadas neste início de ano e que analisará o problema da falta de cuidador.

Transporte escolar

E o problema nas escolas estaduais não param por aí. O pai de um aluno relatou a situação precária em veículos do transporte escolar em Iracema. Segundo ele, a empresa que presta serviço há quase três anos para o Governo na Vicinal 5 fornecem ônibus sem ar-condicionado e em péssimas condições, que quebram constantemente. Ele conta ainda que a porta de uma Kombi caiu, com alunos ainda dentro do veículo.

Passarão

Moradores das comunidades do Baixo São Marcos, em Boa Vista, voltaram a reclamar da balsa que faz a travessia do rio Uraricoera na região do Passarão. Segundo relatado pelos moradores, a balsa que o Governo do Estado alugou por mais de R$ 2 milhões já apresentou problemas três vezes. A última vez aconteceu recentemente e ficou parada durante toda a semana passada. Muitos agora estão usando uma pequena balsa particular. No entanto, a Marinha do Brasil constatou irregularidade e deve apreendê-la. Agora, os moradores temem ficar isolados.

Médicos sem salários

Médicos que atuam na rede estadual de Saúde e contratados no regime de Pessoa Jurídica (PJ), emitiram uma nota de repúdio em que denunciam o atraso de até seis meses no pagamento de salários. Os profissionais atuam no HGR, Pronto Atendimento Come e Silva, Maternidade Nossa Senhora de Nazareth e Hospital das Clínicas. No documento, os médicos ressaltam que o não pagamento dos salários compromete o sustento familiar e pessoal, além de causar transtornos mentais e insegurança financeira. Eles cobram providências da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Conta de água

São vários os relatos que chegam às redações de jornais e nas redes sociais sobre o aumento significativo da conta de água do mês de fevereiro, que chega a triplicar em alguns casos. Esse foi o caso de Marcos Fernandes, que entrou em contato com esta redação. O valor médio da conta de água dele era de apenas R$ 40,00 mensais, mas chegou a R$ 220,00 neste mês. Ou seja, mais que triplicou. A sede da Companhia de Água e Esgotos de Roraima (Caer) estava lotada no dia de ontem, cheia de pessoas na mesma situação. Daqui a pouco, os roraimenses trabalharão apenas para pagar as contas de consumo. É preocupante que um estado tão pequeno tenha um custo de vida tão alto.

 

 

 

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