Maternidade e escolas de lona, inúmeras operações da Polícia Federal, e escândalos de corrupção em rede nacional: conheça o modelo de gestão que o grupo governista quer implantar na Prefeitura de Boa Vista

Com Estado quebrado e apoiando empréstimo de R$ 805,7 milhões, base governista agora quer buscar outra fonte

Maternidade e escolas de lona, inúmeras operações da Polícia Federal, e escândalos de corrupção em rede nacional: conheça o modelo de gestão que o grupo governista quer implantar na Prefeitura de Boa Vista
Foto: Montagem

Estratégia

O grupo governista começou a estratégia para pôr as suas nocivas mãos na Prefeitura de Boa Vista. São grandes mãos como as de Soldado Sampaio que compra móveis de luxo para a Assembleia e Hiran Gonçalves que mantém sua família nos mais altos cargos e salários do Governo de Roraima.

Tem ainda as mãos de Mecias de Jesus que domina a Caer que deixa a população de todo o Estado sem água por falta de planejamento para a estiagem anunciada um ano antes. Isso sem falar no próprio governador Antonio Denarium que, com sua gestão colocou Roraima em primeiro lugar nos piores índices de saúde e educação do Brasil.

Esses mesmos políticos são coniventes e, provavelmente, até cúmplices da gestão que implantou a maternidade de lona onde já morreram mais de 300 recém-nascidos. E Catarina, além de defender esse modelo de maternidade, como mulher nunca se posicionou nem ao menos para demonstrar solidariedade para as mais de 300 famílias que perderam suas crianças. Nem mesmo quando o assunto virou manchete nacional.

O governo de Denarium ficou marcado pelas inúmeras contratações de valores absurdos. Várias delas estavam tão fora da realidade, que o Tribunal de Contas determinou a suspensão. Como por exemplo, a terceirização HGR por R$ 430 milhões. Vale lembrar que Catarina Guerra foi quem sugeriu o nome do novo Bloco do HGR em homenagem ao ex-governador José de Anchieta. No entanto, nunca pediu explicações da Secretaria de Saúde sobre tamanho absurdo.

Operações da PF

As contratações absurdas e os altos valores acabaram virando alvo de investigações da Polícia Federal por fraudes e desvios de verbas. As últimas, todas voltadas para a área da saúde, onde a população mais sofre. Outro dia, o TCE mandou suspender uma contratação de R$ 117 milhões porque identificou sobrepreço de R$ 45 milhões. Ou seja, quase a metade do valor seria desviado, enquanto milhares de pacientes esperam humilhados uma cirurgia na eterna fila das eletivas da gestão Denarium.

A última operação da PF na Secretaria de Saúde aconteceu para cumprir mandados na casa da protegida secretária de Saúde de Denarium, a Cecília Lorezon. Nesse caso, as investigações detectaram em esquema gigantesco enraizado em três estados onde a empresa eleva os valores de materiais de cirurgias ortopédicas até em mais de 2.000%.

O caso, assim como vários outros, foi parar em rede nacional onde a Rede Globo mostrou pacientes de Roraima que foram prejudicados pelo esquema. Um deles precisava operar a perna direita, mas a empresa operou a esquerda também. A Sesau teve o desplante de afirmar para a TV que a cirurgia aconteceu por “excesso de cuidado”.

Escândalos dos respiradores

Mas vamos lembrar do primeiro escândalo em rede nacional da gestão que quer se apossar das verbas da Prefeitura. Em maio de 2020, quando Roraima e todo o país enfrentava o primeiro pico da pandemia de Covid, o Governo de Roraima e todo Brasil foram surpreendidos pela notícia de que a Sesau pagou R$ 6 milhões antecipadamente por 32 respiradores.

A bomba veio à tona exclusivamente na Rádio 93, através do apresentador Bruno Perez que mostrou documentos e tudo mais. É importante lembrar que naquele momento morriam muitas pessoas no HGR pela falta de respiradores, enquanto Denarium e seu grupo político se preocupavam com esses contratos feitos com as milionárias verbas da Covid.

Esses mesmos contratos depois viraram alvo o maior escândalo político da história de Roraima, quando policiais federais encontraram mais de R$ 30 mil na cueca do senador Chico Rodrigues quando cumpriam mandados para investigar desvio de verbas da Covid.

Cassações

Com todos esses escândalos, o grupo governista e Denarium estavam com a popularidade lá embaixo quando chegaram as eleições de 2022. Dessa forma, sem trabalho para mostrar e nem ao menos uma justificativa, eles partiram para a compra de votos.

Foram centenas de milhões de reais que Denarium gastou do dinheiro público para comprar a eleição em 2022. Somente para os prefeitos que apoiavam o grupo, o governador enviou R$ 70 milhões com a desculpa do inverno. Por conta disso, ele teve o mandato cassado pela terceira vez.

Antes disso, o TRE-RR já avia cassado Denarium pela distribuição de cestas básicas e cartões de créditos com R$ 200. Neste programa ele investiu R$ 60 milhões nos cartões e mais R$ 50 milhões em cestas básicas.

Mas o importante em falar nesse assunto é que, depois que o grupo conseguiu se manter no poder com a compra de votos, voltou a abandonar a população novamente. A maternidade segue funcionando sob lonas e agora até mesmo as escolas estão sendo transformadas nesse modelo. As filas das cirurgias seguem intermináveis e o governador luta na Justiça para conseguir um empréstimo de R$ 805,7 milhões para quando for cassado de vez deixar a dívida para os eleitores pagarem.

Agora imagina tudo isso implantado na Prefeitura de Boa Vista? Quanto tempo o município e o povo iria aguentar? E quando as escolas do município e o Hospital da Criança começarem a funcionar sob lonas?

Fonte: Da Redação

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