Agostinho Cascardo, delegado de Policia Federal, por determinação da Justiça, para que fosse assegurado seu direito de resposta por ter sido atingido por afirmações claramente ofensivas, caluniosas e sabiamente inverídicas, divulgadas pelo Jornal RORAIMA EM TEMPO, vem esclarecer fatos que foram transmitidos erroneamente à opinião pública por meio da notícia com o título “ERROU”, publicada em 06.10.2015, e, “FOI MAU”, publicada em 15.10.2015, esclarecendo o seguinte:
- Não houve autuação em flagrante, instauração de inquérito policial, termo circunstanciado de ocorrência, ou qualquer outro procedimento criminal;
- O delegado não agiu sob impedimento, nâo esteve na presença da faxineira, não fez sua oitiva e muito menos a fez buscar papéis que embrulhavam chocolate na lata de lixo;
- A faxineira não foi demitida e sua demissão não foi solicitada pelo delegado;
- As reportagens citadas foram publicadas sem qualquer análise dos documentos relativos ao caso, não havendo também contato prévio por parte do jornal no intuito de esclarecer os fatos.
Direito de resposta publicado por determinação judicial, sobre veiculação de conteúdo no ano de 2015.
POLÊMICA
Quando a CPI da Covid do Senado Federal surgiu, se falou do uso político contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente e os filhos manifestaram que o correto seria investigar quem fez a aplicação dos recursos enviados pela União. Ou seja, prefeitos e governadores. Quem era contra o presidente apontou essa proposta como uma estratégia para mudar o foco das investigações. Fato é que atendendo ao apelo do Governo Federal, tanto Chico Rodrigues (DEM), Mecias de Jesus (Republicanos) e Telmário Mota (PROS) assinaram o pedido para que a CPI ouvisse prefeitos e governadores. Se ajudaram Bolsonaro, acabaram colocando em maus lençóis o amigo e aliado, Antonio Denarium (Sem Partido).
CONCOVADO
Nesta terça (25), veio a confirmação. O governador de Roraima, assim como outros governadores e prefeitos envolvidos em escândalos de corrupção durante a pandemia, serão convocados para depor na CPI Nacional. Ironicamente, Denarium é citado por conta da Operação Desvid, que teve como alvo principal seu amigo e aliado, Chico Rodrigues. Mais ironicamente ainda, o relatório da Polícia Federal aponta para a existência de um conluio no governo do Estado, onde parlamentares da base aliada de Denarium teriam facilidade para direcionar a escolha de empresas fornecedoras e prestadoras de serviço. Mecias e Telmário também foram citados nesse documento.
NA CUECA
Foi a Operação Desvid-19 escancarou a falta de vergonha e até os atos inexplicáveis de parlamentares que não têm amor à vida. O dinheiro que deveria salvar vidas foi parar na cueca de Chico Rodrigues. Ele nega, mas essa é a linha de investigação que a Polícia Federal seguiu após constatar a possível ligação de Chico com empresas que venderam produtos superfaturados para o Governo do Estado. Máscaras que custavam menos de R$ 5 no mercado normal, saíram por R$ 53 cada par para o Governo do Estado. Conforme a PF, o superfaturamento nos valores seria uma forma de lucrar muito e fazer o dinheiro voltar para o bolso dos parlamentares que garantiram esse contrato. Para o bolso e até para a cueca.
RESPIRADORES
Na mesma linha, foi realizada a compra e o pagamento de forma antecipada dos respiradores. Levantamentos realizados no país inteiro, mostram que o governador Antonio Denarium optou pelos os aparelhos mais caros do país. Foram mais de R$ 215 mil por cada aparelho, um total de mais de R$ 6,4 milhões. Os aparelhos nunca foram entregues e após a denúncia feita para rádio 93FM, a partir de informações organizadas pelo jornalista Bruno Perez, a justiça decidiu agir. A compra foi cancelada e após um longo tramite judicial, o valor foi devolvido e alocado em uma conta especial. Mas, quase um ano depois, nenhum respirador foi comprado pelo Governo que nunca conseguiu justificar tamanha pressa a ponto de pagar com antecedência os aparelhos.
VAI EXPLICAR?
Na época, Denarium disse que não teve conhecido dessa compra. Uma situação bem estranha, considerando que é o gestor maior do Estado e o valor da compra foi bastante considerável. Ou seja, é wuade impossível que uma compra de mais de R$ 6,4 milhões passem despercebidos a um governador. Será que no Senado Federal, Denarium vai assumir a responsabilidade que o competente? Ou vai colocar a culpa em alguém?
ONDE ESTÁ O DINHEIRO?
Ninguém sabe explicar direito onde realmente foi parar esses R$ 6,4 milhões. De forma muito cômica ou com uma cara de palhaço mesmo, Denarium gravou ainda no ano passado, um vídeo comemorando a boa notícia: o dinheiro dos respiradores foi recuperado. Ou Denarium é louco ou acha mesmo que a população é burra. Se houve desvio de recurso, se houve corrupção, se houve conluio com a interferência de políticos aliados de Denarium, a culpa é dele. Detalhe: até hoje não se sabe realmente, se o dinheiro voltou aos cofres públicos e menos ainda o que foi feito quem esses recursos.
IRRESPONSÁVEL
Ao mesmo tempo em que reduz os leitos de UTI para covid, Denarium também promove uma série de aglomerações pelo interior e pela capital. São pessoas sem usar máscara, humilhadas apenas para receber uma cesta ou um cartão que chegam de forma bem atrasada. Nas que ainda são úteis para quem sofreu os impactos da pandemia e graças a decisão apoiadas por deputados federais de Roraima que reduziram o valor do Auxílio Emergencial de R$ 600 para R$ 300 e menos que isso agora. Junto com a cesta ou um cartão, as famílias que se sujeitaram a isso também correram o risco de contrair a covid-19. E agora, correr o risco de perder a vida porque as UTIs que Denarium ainda deixou no Hospital Geral de Roraima estão lotando novamente devido ao aumento de casos da doença.
EXPLICAR
Os órgãos de controle precisam cobrar explicações sobre a morte da criança Yanomami da comunidade Hoximi que morreu por desnutrição. O relatório do Conselho Distrital aponta que houve negligência, visto que a criança não recebeu o atendimento adqueado na comunidade e também não conseguiu o deslocamento de avião de forma rápida. Com isso, ela veio a óbito. O que ninguém falou é que os dois Distritos Sanitários Indígenas de Roraima hoje, são administrados com interesses puramente políticos.
POLÍTICA NOS DISTRITOS
No Dsei-Leste, o comando cabe a Chico Rodrigues, de tal modo que uma testemunha já denunciou o uso político da estrutura, descrevendo o filho do senador e seu suplente, Arthur Rodrigues como o cobrador das propinas. No caso do Dsei-Yanomami, o comando pelo que se diz é de Mecias de Jesus. Independente da politicagem, compete aos dois senadores zelarem pelo bem da população do Estado. E isso inclui o cuidado com a população indígena também. Se houve morte por negligência, os dois também são culpados.
PERGUNTAS
- Será que Denarium vai explicar por que autorizou a compra milionária dos respiradores?
- Os membros da CPI da Covid do Senado Federal sabem das aglomerações que o governador promove em Roraima?
- O que Chico e Mecias têm a falar sobre a morte da criança Yanomami?
PENSAMENTO DO DIA
“Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida”. (Platão)