Uma servidora do Hospital Geral de Roraima (HGR) ficou trancada no “conforto” do Pronto Socorro, espaço onde os profissionais em regime de plantão descansam. Isso porque, segundo uma denúncia, agora a ordem da coordenação é de que TRANQUEM as pessoas que estiverem na sala, caso passem do horário no local.
Um vídeo enviado a esta redação mostra o momento em que uma pessoa abre a porta do espaço. Uma mulher espera de pé dentro do local, no escuro. Em seguida, ela justifica que não sabia da regra, visto que era seu primeiro plantão no HGR.
Para o denunciante, a situação se assemelha a cárcere privado e trabalho escravo. “Mas de boa, o povo até acha engraçado quando não é com ele […] Lei marcial no HGR”, disse.
Ainda de acordo com a pessoa que relatou a situação, a coordenação já chegou a ser denunciada na Conferência de Saúde por abuso de poder. “E o novo administrador do Pronto Socorro tocando o terror no HGR […] A coordenação se considera acima do bem e do mal, protegida do Governo. Servidores adoentados, com transtornos psicológicos por conta da perseguição dela e do administrador. Todos com medo”, destacou o denunciante.
Por esse e outros vários motivos que os servidores da saúde estadual estão doentes. Recentemente, a própria Sesau informou que todos os médicos nefrologistas da maternidade estavam afastado com atestado psicológico. O vídeo que a reportagem recebeu hoje mostra claramente o motivo.
Em nota a Sesau disse que não houve registro formal da queixa na ouvidoria do HGR e que negou as denúncias dizendo que na unidade não há “impeditivos para a utilização dos dormitórios para descanso, desde que os horários de pausa não conflitem com o período obrigatório de trabalho, de acordo com a jornada de trabalho de cada servidor”.
Perseguição
Outra denúncia com o mesmo teor chegou a esta redação. Conforme relatado, funcionários do Abrigo Masculino do Governo de Roraima não conseguem trabalhar direito por conta de perseguição do diretor da unidade.
De acordo com o denunciante, os seletivados trabalham 12×36, ou seja, 12 horas de trabalho ininterruptas e 36 horas de descanso. Enquanto isso, os concursados que exercem a mesma função, trabalham 12×60.
Do mesmo modo, a Secretaria do Trabalho e Bem – Estar Social (Setrabres) negou as denúncias e que todos os servidores são tratados de forma isonômica.