Homem fica com sequelas após demora em cirurgia eletiva e processa Estado por danos morais

Sequelas também impedem George Pereira de trabalhar; ele teve cirurgia cancelada por falta de material

Homem fica com sequelas após demora em cirurgia eletiva e processa Estado por danos morais
Palácio Senador Hélio Campos – Foto: Gabriel Cavalcante/Roraima em Tempo

George da Silva Pereira, de 31 anos, processou o Governo do Estado por danos morais após ficar com sequelas em razão da demora em realizar cirurgia eletiva no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Ele era auxiliar de veterinário até que ficou impossibilitado de trabalhar após sofrer uma fratura na perna em outubro de 2020.

Na ocasião, ele foi ao HGR e lá, recebeu os primeiros socorros. Dessa forma, a equipe médica inseriu o Ilizarov, aparelho fixado externamente em fraturas. No entanto, era apenas uma medida emergencial e seria necessária a realização de uma cirurgia para correção.

Adiamentos

Assim, a operação foi marcada para ocorrer no dia 19 de janeiro de 2021. Contudo, a unidade precisou remarcá-la para julho do mesmo ano devido a falta de materiais.

Pelo mesmo motivo, a cirurgia remarcada para o dia 13 de julho não ocorreu novamente. Assim, em agosto do ano passado, George consultou-se em uma clínica de ortopedia, 10 meses após o acidente.

Sequelas definitivas

Dessa forma, o médico concluiu que não havia mais razão para realizar a cirurgia, uma vez que já havia se passado muito tempo. Logo, o procedimento não teria mais efeitos positivos. Então, George recebeu o laudo de sequelas definitivas sem possibilidade de melhoras clínicas.

Além disso, o paciente ainda desenvolveu outras complicações. Entre elas, uma artrose no tornozelo e antecurvato de tíbia curval.

Ao Roraima em Tempo, George afirmou que não consegue emprego, pois não pode passar muito tempo em pé sem sentir dores.

“Eu trabalhava como auxiliar de veterinário e pedi para sair porque não aguentava a jornada que, na maioria das vezes, era em pé. Hoje me viro como dá”, disse.

Por isso, ele espera que algo possa ser feito para amenizar a situação. “Nós pagamos impostos e temos direito à saúde e tratamento de qualidade. Isso é o mínimo”, pontuou.

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que vai se manifestar a respeito do assunto assim que for devidamente notificada.

Fonte: Da Redação

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