Uma mulher de 51 anos denunciou a espera de mais de um ano na fila do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Segundo ela, um carro da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) a atropelou, momento em que quebrou o ombro. A paciente relatou o caso para a Rádio 93FM.
Conforme a paciente, após três dias internada no Hospital Geral de Roraima (HGR), a encaminharam para o Hospital das Clínicas, onde foi novamente internada.
Após a alta, deram a ela um documento que consta a realização da cirurgia. Entretanto, ela está há mais de um ano na lista de espera para receber o TFD, pois não há o tratamento que a paciente precisa na rede pública do estado.
“Meu papel consta que eu fiz minha cirurgia. Está o nome do médico, tudo direitinho. Eu estou aqui [esperando] há mais de um ano. Fui correr atrás e me colocaram na fila do TFD, e estou esperando com meu ombro quebrado precisando de uma prótese. Dizem que aqui não faz e é 35 mil. Eu não tenho um real sequer”, desabafou.
Em retorno ao HGR, o médico lhe perguntou se ela já havia realizado a cirurgia. Quando ela negou, o profissional disse para a paciente que o documento mostrava a operação feita por ele próprio.
“Ele disse ‘esse pessoal é doido? Aqui está constando que eu fiz essa cirurgia na senhora’. Ele ficou desesperado na hora. Não quis nem me atender, pois ele disse que não tinha consulta comigo não. Quando ele viu os papéis, ficou bravo”.
De acordo com a denunciante, o tratamento só pode ser feito através da rede privada. Contudo, o médico a informou que somente a prótese que ela precisa tem o valor estimado de R$ 13 mil, enquanto a operação completa é R$ 35 mil.
“O médico falou que eu preciso colocar uma prótese no meu ombro. Ele diz que faz aqui [a operação], mas que só o aparelho é R$ 13 mil e que tudo dava R$ 35 mil. Eu não tenho nem um real”, explicou.
Outras denúncias do TFD
Anteriormente, em setembro de 2021, um idoso denunciou à reportagem que estava há um ano aguardando na fila do TFD.
O idoso contou que o procedimento só podia ser feito em outro estado, contudo, não havia vagas na época. Por isso, ele decidiu iniciar uma campanha de doações para fazer pela rede particular em Goiás.
Além disso, também há outras denúncias acerca do atraso no pagamento do recurso oferecido pelo governo. Como é o caso da Camilly Conceição Costa, que está com o pagamento atrasado há um mês.
Conforme a mãe da paciente, a Sesau já atrasou o pagamento em até três meses.
Citada
O Roraima em Tempo entrou em contato com a Sesau e aguarda resposta.
Fonte: 93FM