Paciente com infecção e necrose em câncer de mama não consegue ser internada no HGR para tratar a doença e família denuncia

Mulher, de 32 anos, está no HGR desde cerca de 16h30, mas não conseguiu ser internada para tratar infecção antes da cirurgia oncológica marcada para 07 de julho. Irmã relatou que o médico receitou medicação para tomar em casa

Paciente com infecção e necrose em câncer de mama não consegue ser internada no HGR para tratar a doença e família denuncia
Fachada do HGR Foto:Arquivo/Roraima em Tempo/Edinaldo Morais

Hortênsia Mendes, irmã da paciente Emanuelly Mendes de 32 anos, que tem câncer de mama, procurou o Roraima em Tempo para relatar que não consegue interná-la para tratamento no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Conforme o relato, Emanuelly tem três nódulos ‘gigantes’ no seio com secreção, mau cheiro e ferida aberta. Sua preocupação é que a a paciente está debilitada e a mama já começou a necrosar.

“A mama da minha irmã está do tamanho de uma cabeça. Sendo que ela tem o peito pequeno. Aí está infeccionada soltando pus. Tá fedendo, tá necrosando. Ela tem três nódulos grande que ele já infeccionaram. Agora tá uma ferida aberta”, relatou.

Indignada, Hortênsia ressaltou que a infecção não tem condição de ser tratada em casa. Mas deve receber cuidado especializado no HGR. A previsão da cirurgia é para 07 de julho, o que fez a irmã considerar a internação como urgente para tratar a infecção.

“A questão é que eles não querem hospitalizar minha irmã. Gente, não pode. Não pode fazer cirurgia quando a parte que vai ser operada está infeccionada. Ainda mais uma infecção. A senhora como mulher… se a senhora ver esse vídeo, Jesus! Não tem como uma paciente nesse estado ir para casa. Não pode, gente. Aí a minha a minha raiva é essa, porque eles não podem internar minha para ela receber a medicação certinha aqui no hospital?” indagou.

Do mesmo modo, a irmã questionou o fato de o governo ter inaugurado um novo prédio com 120 leitos. Para ela, não é falta de vaga nas enfermarias.

“Eu sei que tem leito. Acabou de inaugurar esse prédio enorme aqui do lado. Então a minha irmã está aqui nessa emergência. Querem só liberar ela pra ir para casa para eu comprar os remédios para ela tomar em casa”, disse.

Evolução rápida da doença

Outra preocupação de Hortênsia é a rapidez com que a doença evolui na irmã. Ela mora em Pacaraima e tinha visto a irmã há uma semana. Dessa forma, ao chegar se surpreendeu com a situação.

“Aí tipo assim, eu não tinha vindo antes, né? A última vez que eu vi ela foi faz uma semana, mas não estava desse jeito aí. De uma semana pra cá eu eu fiquei pasma do jeito que evoluiu”, disse.

Citada

A redação procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e pediu posicionamento, contudo não houve retorno.

Por Rosi Martins

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