Paciente com problemas cardíacos espera há quase dois meses por cirurgia para receber ponte de safena

Cirurgia já foi adiada e remarcada pelo menos três vezes; HGR alega falta de material, falta de sangue e sangue com baixo nível de plaquetas para os cancelamentos

Paciente com problemas cardíacos espera há quase dois meses por cirurgia para receber ponte de safena
Fachada do Hospital Geral de Roraima – Foto: TV Imperial

Em denúncia relatada á TV Imperial nesta quinta-feira, 3, um paciente internado no Hospital Geral de Roraima (HGR) denuncia que aguarda há quase dois meses por uma cirurgia de revascularização do miocárdio, conhecida popularmente como ponte de safena. Conforme o relato da filha do paciente, o pai precisa receber a ponte em pelo menos 3 pontos no coração, para desentupimento de artérias.

De acordo com Etelvina Bindá, filha do paciente, o pai sofreu uma parada cardíaca em 2024 e precisou ficar internado, onde passou pelo procedimento de Cateterismo, que identificou a necessidade da cirurgia. Depois de 25 dias internado, ele recebeu alta e a família começou os trâmites para marcar a cirurgia. No entanto, a demora no procedimento cirúrgico agravou o estado de saúde do paciente.

“A gente fez todo o trâmite para entrar na cirurgia eletiva e aconteceu que meu pai teve uma recaída. Precisei interná-lo de novo, ele está internado desde 15 de maio e até agora nada da cirurgia. Comecei a ir atrás e aí o hospital alega falta de sangue. Beleza, fui lá, fiz o mutirão, consegui as bolsas de sangue, peguei os papéis, foi para o prontuário. OK, cadê a cirurgia? Agora eles alegam falta de material”, disse.

Motivo na demora da cirurgia

Etelvina conta que depois de contatar fontes e pressionar a direção do hospital, ela conseguiu marcar uma cirurgia para seu pai, prevista para o dia 22 de junho. Contudo, o procedimento teve de ser cancelado e remarcado por diversas vezes nas semanas seguintes. Ela alega que o cancelamento da cirurgia acontece por falta de comunicação entre os setores administrativos do hospital e do Hemoraima.

“Não há comunicação. Eles não se comunicam nenhum setor ali. Por que eu te digo isso? Porque ontem eu fui no HGR atrás dessa dessa agência transfuncional perguntar qual é o fluxo sanguíneo dele. E não é sangue, tem 18 bolsas de sangue do tipo do meu pai. Eles têm que ver o que que está acontecendo e informar os demais, como hoje meu pai foi acordado 4 horas da manhã, para a enfermeira arrumar meu pai para fazer a cirurgia, sendo que a cirurgia já tinha sido cancelada. Então, hoje a alegação dos médicos são a falta de sangue e a falta de plaqueta” exclamou Etelvina.

Além disso, a filha do paciente relata ainda que além da demora na cirurgia, outras pessoas que estão na mesma fila de espera pelo procedimento cirúrgico, tem de esperar em meio as instalações precárias do HGR. Dessa forma, sem previsão para realização da cirurgia, Etelvina teme que o estado de saúde do pai piore.

“Eu preciso que eles resolvam isso, tem muita gente esperando, gente morrendo, esperando uma fila. Então, hoje meu pai tá lá, já poderia tá em casa ter dado vaga para uma pessoa que tá lá no corredor. Tem gente no corredor, não tem leito, não tem porquê falta de organização. Cara, é literalmente ridículo”, indagou Etelvina.

Citada

O Roraima em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau), solicitou posicionamento e aguarda resposta.

Fonte: Da Redação

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