Os incentivos empreendedores da Prefeitura de Boa Vista estão chegando às 19 comunidades indígenas da capital por meio da Agência Municipal de Empreendedorismo e Fomento (AME BV).
Esta semana, 100 indígenas que trabalham em diversos seguimentos assinam o contrato para liberação de linhas de créditos ofertados.
A nova linha de crédito de R$ 3 mil recebeu o nome de ‘Ari’kuta Cred’, que na língua Macuxi significa florescer o seu empreendimento indígena. Serão atendidos os empreendedores das quatro regiões do município, são elas: Truaru, Murupu, Passarão e Baixo São Marcos.
Curso de educação financeira
Antes da assinatura da linha de crédito, os beneficiários recebem um curso de Educação Financeira. Como resultado, a proposta orienta o empreendedor na forma de investimentos, controle de gastos e também na prestação de contas.
De acordo com a diretora-presidente da agência, Luciana Surita, entre os empreendimentos indígenas contemplados estão a área do comércio, alimentação, artesanato, pecuária e agricultura.
“Na primeira etapa eles fizeram a inscrição, onde 100 foram contemplados. Já nessa segunda, estamos promovendo o curso de Educação Financeira com assinatura de contrato. A terceira etapa será a liberação dos recursos, prevista para dezembro. Durante um ano faremos um acompanhamento com oficinas e orientações de como os recursos estão sendo aplicados. E o que cada seguimento poderá melhorar”, disse.
Ampliação dos negócios
Logo, o empreendedor indígena Fernando Lúcio Gerônimo, 33, e sua esposa Suzana Andrade, 33, têm um comércio na comunidade do Milho. E entre os contemplados com a linha de crédito. Ele conta que começou seu negócio com uma sorveteria e com tempo foi ampliando e investindo em mais produtos.
“Esse apoio que estamos recebendo da prefeitura chegou em boa hora, pois já estávamos pensando em investir mais no nosso comércio. Com essa linha de crédito vamos conseguir realizar esse sonho e melhorar ainda mais nas vendas. Estamos muito felizes”, afirmou.
Assim, empreendedora indígena Vandieza Pacheco, 28, também foi beneficiada. Ela e mais quatro mulheres moram na comunidade Lago Grande e produzem bonecos de biscuit e comercializam na própria comunidade.
“Fomos começando com poucos recursos e depois a nossa produção aumentou. O mais interessante é que a Prefeitura não apenas disponibiliza essa linha de crédito. Ela também orienta sobre como podemos investir nos nossos negócios”, frisou.
Por fim, outro contemplado é o produtor Sidney Tavares, 33. Ele trabalha há quatro anos com a produção de suíno e ovino na comunidade Lago Grande, para comercializar nas feiras livres da capital.
“Eu vejo essa ação como desenvolvimento para as nossas comunidades e com essa linha de crédito vamos dar continuidade aos nossos empreendimentos. A minha expectativa agora é aumentar a produção”, ressaltou.
Fonte: Da Redação