Depois de dois anos, CPI da Saúde pede indiciamento de 62 pessoas

Documento será apresentado aos membros da comissão no dia 3 de dezembro

Depois de dois anos, CPI da Saúde pede indiciamento de 62 pessoas
Jorge Everton disse que CPI evitou o desvio de mais de R$ 80 milhões – Foto: Divulgação/ALE-RR

O relator da CPI da Saúde, deputado Jorge Everton (sem partido) informou que o relatório final da comissão está pronto. O parlamentar fez o anúncio durante a sessão desta terça-feira (23) na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

O deputado disse que apresentará os documento aos integrantes da comissão no dia 3 de dezembro, a partir das 9h. O documento, conforme Jorge Everton, tem mais de 400 páginas e pede o indiciamento de 62 pessoas.

“Todos os processos analisados, mais de seis mil páginas de volume, e esses indiciamentos serão apresentados aos membros da CPI e aí daremos seguimento para trazer ao plenário o relatório final”, disse.  

Ainda de acordo com o parlamentar, o trabalho da comissão evitou o desvio de mais de R$ 80 milhões dos cofres públicos. “Dinheiro esse que salvou vidas. Não será a CPI que vai resolver os problemas de gestão, mas vamos apontar os erros”, complementou.  

O presidente da CPI, deputado Coronel Chagas (PRTB), ressaltou o volume dos trabalhos dos parlamentares entre reuniões, diligências, mais de 90 oitivas e análises de 44 processos nos mais de dois anos de investigações.

Quebra de sigilo

 A comissão pediu a quebra de sigilo dos investigados. Em seguida, os parlamentares convocaram os ex-secretário de Saúde ,Francisco Monteiro para uma nova oitiva.

O ex-secretário responde recebeu condenação por improbidade administrativa. A Rádio 93FM, denunciou com exclusividade que Monteiro favoreceu uma empresa na compra de respiradores.

É que em maio de 2020, a Secretaria de Saúde pagou R$ 6,4 milhões por 30 respiradores à CMOS Drake. Apesar disso, os aparelhos nunca chegaram.

O governador Antonio Denarium (PP) exonerou o secretário. Além disso, ele criou uma intervenção na Saúde. Por outro lado, a CMOS Drake negava as fraudes.

Conforme a empresa, os preços praticados levavam em consideração o mercado em meio à pandemia, assim como a falta de materiais para a produção dos equipamentos.

A princípio, o processo foi aberto na Justiça Estadual e depois levado para a esfera federal. Contudo, um acordo foi firmado e o dinheiro pago devolvido ao governo.

Outra gestão polêmica

A também ex-secretária da Saúde Estadual Cecília Lorenzom depôs na CPI da Saúde. Durante a sua gestão, o Ministério Público de Contas (MPC) chegou a pedir o afastamento. O motivo era por suspeitas de fraudes em compras. Entretanto, o Tribunal de Contas negou.

Além disso, Cecília não conversou com a Enfermagem. Então ela caiu do cargo após a greve dos servidores, em 2019. Em contrapartida, Denarium deu a ela a presidência da Companhia Energética. Ela ocupa o cargo até hoje.

CPI  da Saúde

Os deputados estaduais instalaram a CPI da Saúde em setembro de 2019. Desde então, a comissão apura possíveis irregularidades de contratos firmados na Sesau a partir de 2015. Outro foco são os contratos emergenciais celebrados durante a pandemia de Coivd-19.  

Os integrantes da CPI da Saúde são os deputados: Coronel Chagas – presidente, Nilton Sindpol (Patri) – vice-presidente, Jorge Everton – relator, Renato Silva (Pros), Lenir Rodrigues (Cidadania), Eder Lourinho (PTC), bem como Evangelista Siqueira (PT).

Fonte: Da Redação 

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