Moradores de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, recolheram 2 mil assinaturas em abaixo-assinado que pede mais segurança no munícipio. A expectativa é recolher mais assinaturas durante um novo protesto, previsto para esta quarta-feira (1º).
A população criou uma comissão para organizar o documento. Entre os participantes estão moradores, políticos locais e comunidades indígenas.
“[…] Manifesta insatisfação quanto a falta de segurança pública e a crescente onda de crimes em geral. Manifesta ainda pela falta de acolhimento dos imigrantes em situação de rua no âmbito do munícipio, uma vez que requer que a Operação Acolhida tome as devidas providências”, cita o documento.
De acordo com Wilha Melo, integrante da comissão, a expectativa é recolher cerca de 3 mil assinaturas dos moradores de Pacaraima.
“Nós deixamos o documento espalhado pela cidade para quem quiser assinar. Em seguida, o documento deve ser entregue para Câmara Municipal de vereadores, durante a próxima sessão”, explicou.
Atualmente, o munícipio, que faz fronteira com a Venezuela, vivencia um intenso fluxo de imigração. Por conta do crescimento populacional, os moradores atribuem o aumento de crimes a falta de fiscalização no munícipio.
Anteriormente, a comissão pedia um toque de recolher às 23h para todos os moradores. Contudo, a população optou por retirar o pedido, após a Operação Acolhida e a segurança do estado atenderem algumas demandas.
“Fomos atendidos na retirada dos venezuelanos das ruas, uma das principais reinvindicações. A noite todos os imigrantes que estão nas ruas estão indo para o abrigo. Além disso, houve reforço na segurança da fronteira e mais policiamento por parte da Polícia Militar de Roraima [PMRR]”, detalhou.
Apesar disso, o protesto para pedir por mais segurança ainda deve ocorrer. Conforme Wilha, a comissão deve se reunir na tarde de hoje. Uma tenda foi montada na BR-174 para receber os manifestantes.
O Roraima em Tempo procurou a PMRR, que disse estar acompanhando a movimentação e que “o policiamento preventivo permanece reforçado no local”.
“Outros efetivos da PMRR estão em condições, caso necessário, de serem mobilizados para reforçar ainda mais o policiamento na cidade”, detalhou.
Já a Polícia Rodoviária Federal em Roraima (PRF-RR) ainda não se manifestou sobre o ato. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram viaturas e agentes da PRF-RR no local que ocorrerá a manifestação.
“PRF chegou e pediu para tirar a tenda, onde estava a BR e nós afastamos um pouco mais para frente”, informou Wilha.
A primeira manifestação dos moradores de Pacaraima ocorreu no último dia 25 de novembro, após a morte do comerciante Djalma Alves. Ele morreu durante um assalto, em um bar no qual ele era dono.
Conforme a PMRR, testemunhas relataram que presenciaram quando dois suspeitos atingiram a vítima. Em seguida, os criminosos levaram garrafas de bebida do bar.
No entanto, até o momento ninguém foi preso ou identificado pelo crime. A Polícia Federal chegou a localizar dois suspeitos, porém a principal testemunha não os reconheceu. O caso segue em investigação.
O comerciante chegou a receber atendimento no Hospital Délio Tupinambá, em Pacaraima, mas devido à gravidade do ferimento ele seguiu para o Hospital Geral de Roraima (HGR). Djalma Alves não resistiu aos ferimentos e morreu.
Após a morte do comerciante, moradores saíram às ruas da cidade pedindo mais segurança na região. Eles atearam fogo em pneus na entrada do município e fecharam a BR-174.
Conforme o presidente da Associação Comercial de Pacaraima, João Kleber a falta de segurança na cidade ocorre devido à omissão dos parlamentares de Roraima.
“Quando se fala da bancada federal de Roraima, entre os deputados, a maioria é omissa das obrigações quanto à situação de Pacaraima”, disse.
Por Samantha Rufino
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