Servidores da Cerr pedem apoio de parlamentares contra possível demissão em massa

Quase três anos após a extinção da Companhia, quadro de servidores ainda não foi remanejado completamente

Servidores da Cerr pedem apoio de parlamentares contra possível demissão em massa
Reunião dos servidores da Cerr – Foto: Divulgação

Funcionários da Companhia Energética de Roraima (Cerr) se reuniram na manhã desta terça-feira, 20, na Câmara Municipal de Boa Vista, em manifestação e defesa dos servidores que podem sofrer demissão em massa. Posteriormente, eles devem seguir para a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para pedir apoio aos deputados.

O processo de extinção da Cerr começou em 2022. Entretanto, dentro do quadro de funcionários da companhia existem servidores da União e servidores concursados que precisam ser remanejados para outras secretarias antes do fechamento da pasta. Dessa forma, a pedido do governador Antonio Denarium (Progressistas), a Assembleia prorrogou o fim da Companhia por dois anos.

Em reunião com os servidores da Cerr no Palácio Senador Hélio Campos, Denarium propôs um acordo e falou em demissão voluntária.

“Nós vamos lançar programa de demissão voluntária. Vamos ver o que pode ser realocado de servidores em outras secretarias e aqueles que podem aposentar também. E vamos ver o caso individual de cada um. Para isso, a gente tem que mandar para a Assembleia Legislativa um pedido de prorrogação da Cerr até que se possa definir a a situação de cada servidor”, explicou o governador aos servidores.

Contudo, ao tentar renovar pela terceira vez a prorrogação em fevereiro deste ano, a Assembleia negou o pedido, dando um prazo de 6 meses para que o Governo realocasse todos os servidores para o total processo de extinção da Companhia.

Descumprimento do acordo

Em denúncia recebida pelo Roraima em tempo, funcionários da Cerr receberam a informação de que parte do acordo não seria cumprido. Enquanto alguns servidores da extinta Companhia já foram realocados para outras repartições, boa parte do quadro de servidores receberia férias coletivas e, ao fim do processo, deve haver uma demissão em massa.

Em razão disso, foi convocada a reunião dos servidores na Câmara Municipal e na Assembleia para intervenção do quadro de funcionários remanescentes da Cerr.

Improbidade financeira

Essa não é a primeira vez que o nome da Companhia se envolve em escândalos. Em abril deste ano, o presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio, relatou denúncia sobre o pagamento de uma indenização no valor de R$ 20 milhões feito pela CERR à empresa Concriel. A empresa entrou com uma ação na Justiça para pedir uma indenização de R$ 2,2 milhões. E depois de 20 anos, a Justiça determinou o pagamento de R$ 60 mil.

A empresa entrou com recurso, mas sem sucesso. Desse modo, a Cerr cumpriu a sentença e pagou cerca de R$ 1 milhão. Mas, depois disso, a Companhia fez esse novo pagamento no valor de R$ 20 milhões. O que, segundo Sampaio, pode justificar uma improbidade administrativa.

Citada

O Roraima em Tempo entrou em contato com o Governo para comentar sobre a denúncia e aguarda retorno.

Fonte: Da Redação

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