Vendas pela internet cresceram 1.200% desde a pandemia, diz pesquisa

E-commerce nacional movimentou R$ 225 bilhões em 2024, segundo dados da terceira edição do Dashboard de Comércio Eletrônico Nacional.

Vendas pela internet cresceram 1.200% desde a pandemia, diz pesquisa
Foto: Divulgação

Conforme dados da terceira edição do Dashboard de Comércio Eletrônico Nacional, as vendas de micro e pequenas empresas brasileiras pelo comércio eletrônico cresceram perto de 1.200% nos últimos cinco anos, saltando de R$ 5 bilhões em 2019 para R$ 67 bilhões em 2024. A pesquisa é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com dados da Receita Federal.

Os números mostram que as empresas de médio e grande porte, por sua vez, também tiveram forte crescimento nessa modalidade. Entretanto, em nível percentualmente menor – saindo de R$ 49 bi para R$ 158 bi no mesmo período, aumento de 220%.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, o e-commerce teve grande impulsão durante a pandemia de Covid-19. Isso entre 2020 e 2022, e se manteve em alta devido à recuperação econômica do país depois disso.

“De um lado, esses números refletem as novas dinâmicas do mercado. De outro, o ritmo crescente de expansão da economia brasileira de 2023 para cá, muito acima daquilo que todos os analistas esperavam.”, afirmou Moreira durante a apresentação dos dados.

Moreira destacou o crescimento de e-commerce entre 2022 e 2024 – alcançando 28,7% no geral e 76,3% para as MPEs.

“Crescimento não cai do céu”, disse. “Ele é resultado de uma política econômica acertada e de ações de desenvolvimento contempladas em grandes projetos do Governo. como a NIB, o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica, que fazem com que o setor privado tenha o impulso para realizar seus investimentos”.

Por fim, ele citou ainda a valorização do salário mínimo e a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil como ações que impulsionam as vendas. “Quando você tem crescimento e distribuição de renda, você fortalece o poder de compra dos trabalhadores”.

Produtos

Ao todo, o comércio eletrônico com notas fiscais emitidas no país movimentou R$ 225 bilhões no ano passado, crescimento de 14,6% sobre 2023 e de 311% nos últimos cinco anos. Desde 2016, data de início da série, já foram negociados R$ 1 trilhão via comércio eletrônico no país.

Em valores, os produtos mais vendidos em 2024 no e-commerce nacional foram aparelhos de telefonia celular, (4,1% do total), livros (3,3%), refrigeradores (2,6%), televisores (2,2%). Em seguida, complementos alimentares (2,1%), máquinas digitais para processamento de dados (2,0%), calçados para esportes (1,1%), aparelhos para ar-condicionado (1,1%), pneumáticos de borracha (1,1 %). Por fim, outras participações capilares (1,1%).

Dessa forma, quando analisadas apenas as transações das MPEs, as obras de plástico saltam para a primeira posição no ranking, respondendo, em valores, por 2,7%. Na sequência, vêm complementos alimentares (2,1%), livros (1,6%), partes e acessórios de motocicletas (1,3%), calçados (1,2%), outras preparações capilares (1,1%). Nesse contexto, utensílios de mesa e cozinha (0,9%), móveis de madeira (0,9%), artefatos (0,9%) e acessórios para tratores e veículos (0,9%).

Recorte regional das vendas

O levantamento permite conhecer, sempre em valores, quais foram os principais produtos vendidos em 2024, via internet, pelos estados brasileiros. Os dados mostram a diversificação do comércio eletrônico a partir das características de cada região.

Por exemplo, no Rio Grande do Sul, considerando o Simples Nacional, um dos destaques é o vinho; em Goiás, acessórios para tratores; em Minas Gerais, calçados; no Pará, purê de açaí; e em Alagoas, frutas.

Ainda no recorte regional, o painel reflete a histórica concentração dos negócios na região Sudeste, que respondeu em 2024 por 77,2% das vendas via e-commerce. Em seguida, vêm as regiões Sul (14,1%), Nordeste (5,5%), Centro-Oeste (2,5%) e Norte (0,6%).

O Sudeste também é a região que mais compra pela internet, com 55,9% do total, seguido por Sul (16,6%), Nordeste (16,1%), Centro-Oeste (8,0%) e Norte (3,4%).

Fonte: Agência Gov

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