
A Polícia Civil de Roraima identificou na última sexta-feira, 31, a segunda vítima entre os nove corpos encontrados recentemente em um cemitério clandestino na divisa entre os bairros Pricumã e Cinturão Verde, zona Oeste de Boa Vista. Trata-se do venezuelano Nestor Policarpo Petruce Rodriguez, de 34 anos. Ele estava desaparecido desde o dia 24 de dezembro de 2024.
A primeira vítima identificada foi a também venezuelana Noelis Del Valle Cana, de 38 anos, que estava desaparecida desde 8 de novembro do ano passado.
Assim como a primeira, a segunda pessoa foi identificada a partir da análise de sua arcada dentária pela equipe de odontologia legal.
Conforme a diretora do Instituto de Medicina Legal (IML), Marcela Campelo, a causa da morte da vítima foi choque hemorrágico, devido a um ferimento causado por arma branca. O corpo foi liberado para os familiares ainda na sexta-feira.
“Estamos com as equipes empenhadas em identificar as demais vítimas. Para isso, contamos com o apoio dos familiares para comparecer ao IML, apresentando os documentos odontológicos das vítimas, além de suas fotografias”, disse.
O caso
No dia 20 de janeiro, a Polícia Militar, durante um atendimento a uma pessoa que supostamente estaria fugindo de um grupo criminoso, localizou os corpos na Rua Três Marias. A Polícia Civil foi acionada e o trabalho integrado resultou na localização de cinco corpos.
Ao longo do dia 22, foi realizada uma varredura no local. Assim, além dos cinco corpo encontrados, foram encontradas as ossadas de mais quatro pessoas dentro de uma manilha concretada.
Duas pessoas foram presas em flagrante, acusadas de ocultação de cadáver, associação criminosa e ameaça. As investigações para esclarecer as mortes inclui análises minuciosas dos vestígios encontrados no local, das perícias e diligências para identificar as vítimas e reconstituir a dinâmica dos homicídios. Paralelamente, Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco) instaurou inquérito para apurar se as mortes foram ordenadas ou executadas por organizações criminosas.
Fonte: Da Redação