STJ nega, pela segunda vez, soltar militares envolvidos no caso Romano

Três militares pediram, novamente, liberdade ao STJ, mas ministro manteve entendimento anterior

STJ nega, pela segunda vez, soltar militares envolvidos no caso Romano
Pedidos foram julgados pelo ministro Jesuíno Rissato – Foto: Divulgação/STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, pela segunda vez, soltar três policiais militares presos durante a Operação Pulitzer, que investiga o sequestro do jornalista Romano dos Anjos. A decisão é de ontem (5).

Tiveram os pedidos de habeas corpus negados os militares Nadson José Carvalho Nunes, Gregory Thomaz Brashe Júnior e Clóvis Romero Magalhães Souza.

Eles usaram argumentos semelhantes ao primeiro pedido de habeas corpus. As defesas falam que as prisões são ilegais, bem como não estão comprovadas as participações dos policiais no crime.

Contudo, o ministro Jesuíno Rissato negou os pedidos, pois a prisão dos militares passou de temporária para preventiva. 

“Conforme entendimento sedimentado por esta Corte, o presente feito se insurge contra decreto prisional que não mais subsiste devido à superveniência de novo título prisional com novos fundamentos”, disse.

Participação dos militares

Os militares estão presos desde o dia 16 de setembro por ordem da juíza Graciete Sotto Mayor Ribeiro. Ela avaliou que as investigações levantaram elementos suficientes para emitir os mandados.

De acordo com documentos obtidos com exclusividade pelo Roraima em Tempo, os militares atuavam em uma organização criminosa chefiada pelo deputado Jalser Renier (SD).

Á época, o parlamentar era presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), e alguns militares lotados no Gabinete Militar e na segurança pessoal dele.

Conforme o inquérito, eles planejaram o sequestro de Romano duas semanas antes. Além disso, a Justiça considera um deles, Nadson Carvalho, de “alta periculosidade”.

A reportagem já mostrou detalhes de documento do Ministério Público (MPRR) que revela os indícios para que Jalser seja considerado o mandante do crime.

De acordo com um dos trechos do documento, a procuradora-geral Janaína Carneiro considerou o sequestro como uma ação de ‘ditadura cruel’.

Sequestro

Bandidos invadiram a casa do jornalista Romano dos Anjos no dia 26 de outubro do ano passado. O apresentador jantava com a esposa, Nattacha Vasconcelos, quando o crime ocorreu.

Leia detalhes

Os dois foram amarrados, amordaçados e ameaçados de morte. Em seguida, os bandidos atearam fogo no veículo do casal. Romano sofreu múltiplas fraturas pelo corpo e foi abandonado no Bom Intento, zona Rural de Boa Vista.

Por Redação

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