
Sindicatos e associações de diversas frentes do Poder Executivo, se reuniram em mobilização nesta terça-feira, 17, em protesto contra o Governo do Estado. O manifesto, que aconteceu em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, é pela reinvindicação do Reajuste Geral Anual (RGA) de 16,47%, nos salários defasados. Assim como progressões verticais e horizontais.
A mobilização realizada pelos servidores, contou com a presença de diversas lideranças sindicais. Como por exemplo, o Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima (Sintraima) e o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol). O presidente da Sindpol, Leando Almeida, lamentou a necessidade do uso do protesto para o atendimento de um direito dos servidores.
Leandro explica que a não concessão do reajuste, impacta não só no poder de compra dos servidores. Segundo ele, está achatado pela inflação, mas também na circulação da economia local.
“Afeta a dignidade das famílias dos servidores públicos, afeta a economia do estado. Servidor com salário em dia, significa aquecimento da economia local, é o comércio que vai ter mais movimento. Então o que a gente está cobrando aqui é apenas uma reposição do que nós perdemos no decorrer dos anos em decorrência da inflação. Portanto, não é aumento de salário, não é reajuste, é apenas a retomada do nosso poder de compra”, contou o presidente.
Desvalorização dos servidores
Também na mobilização, o Sindicato dos Policiais Penais (Sindppen), representado pela presidente Joana Dark, expressou seu descontentamento em ver o governador Antônio Denarium (PP) priorizar outros setores e não valorizar a classe dos servidores do Executivo.
“Muito se fala em superávit, em recorde de arrecadação, em PIB que é o que mais cresceu no Brasil, mas não se vê chegar isso de fato consolidado na mesa do servidor. O servidor do Executivo hoje encontra-se frustrado, nós vemos os colegas de outros poderes, não que eles não mereçam, eles merecem também, e é justo que eles recebem esse reajuste, mas a gente quer que isso seja incorporado, como diz a lei, para todos”, desabafou Joana.
Logo após tentar dialogar de várias formas com o Governo, o protesto segue sem respostas ou possível firmação de acordo. Com todos os meios de negociação se fechando, o movimento não vê outra alternativa a não ser aderir à uma greve.
“A paralisação de serviços públicos é o ultimo soldado, a última trincheira. Nenhum dos nossos representados pelo sindicato quer uma paralisação. A sociedade é a maior prejudicada com isso. Nós já temos expedientes enviados ao Governo do Estado, até agora sem resposta, então estamos primeiramente esgotando esses canais de diálogo para depois, se for o caso, partir para um movimento mais incisivo”, alertou o presidente da Sindpol, Leandro Almeida.
O presidente do Sintraima, Francisco Figueira explica que o investimento que o Estado recebe não corresponde de forma justa para os Poderes, explicando o motivo da defasagem e do reajuste exigido pelos servidores.
“Nós tínhamos um orçamento em 2018 de R$ 3,6 bilhões. Hoje nós temos um orçamento de 10 bilhões de reais, coisa que não foi repassado na mesma proporção a todos os servidores públicos do Estado de Roraima. O que ocorre é que o governador justifica para fora do país um cenário positivo. Para os seus servidores, que realmente fazem o Estado de Roraima se movimentar, é um cenário negativo, a qual não se pode se fazer uma Revisão Geral Anual”, explicou o sindicalista.
Fonte: Da Redação