
Jacinete Barbosa Souza recebeu diagnóstico de prolapso uterino grave e incontinência urinária. E desde março de 2024 ela aguarda uma cirurgia chamada de histerectomia total com slim. De acordo com seu filho e advogado, Adilson Souza, ela fez todos os exames e laudos e entregou no Centro de Referência de Saúde da Mulher. E mesmo assim, até hoje nada foi feio.
Desse modo, Adilson relatou que a mãe resolveu procurar a Justiça. E em resposta a um ofício enviado pelo juiz, a Secretaria de Saúde (Sesau) disse que não há registro da paciente na rede estadual. E que consta apenas uma solicitação no estado do Amazonas.
“Isso é injusto e totalmente fora da realidade. A verdade é que em abril de 2025, a minha mãe foi visitar a minha irmã em Manaus. E durante a viagem ela passou mal. Diante da situação e ela foi atendida por um ginecologista da rede pública do Amazonas, onde foi constatado novamente a gravidade do caso. Essa foi uma tentativa desesperada de atendimento, já que aqui em Roraima ela nunca foi chamada para uma simples consulta”, explicou.
Risco de infecção
Devido à demora, o problema de saúde de Jacinete vem, sobretudo, se agravando. Conforme o filho, o útero da mulher está exposto.
“Hoje o útero dela está visivelmente exposto provocando dores constantes, sangramento e risco sério de infecção. E mesmo com ordem judicial o Estado continua sem cumprir a determinação. Já passou mais de um ano e a saúde dela só piora. Diante disso, estamos pedindo ao juiz que determine a realização imediata da cirurgia. E caso não haja vaga no SUS, o procedimento seja custeado na rede particular”, indagou.
Além disso, Adilson reclama da omissão do Estado e diz que quer apenas que sua mãe tenha seus direitos garantidos.
“Minha mãe tem 64 anos e não pode continuar vivendo nessa situação por causa da omissão do Estado. A única coisa que queremos é que seja garantido o que está na constituição: o nosso direito à saúde e à dignidade”.
Citada
Em nota, a Sesau informou que responde as ações judiciais dentro dos autos do processo, no prazo estabelecido pelo juiz responsável, respeitando, assim, o sigilo das informações.
Por fim, explicou que, quaisquer informações acerca do processo, o demandante deve requerer junto à Sesau.
Fonte: Da Redação