Saúde

Roraima tem queda nos casos de Covid-19, mas vacinação lenta preocupa

Roraima teve uma queda no número de casos e de mortes pela Covid-19 devido ao avanço da vacinação. Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que analisou as informações entre 29 de agosto e 11 de setembro.

No entanto, Roraima é o único estado do país com menos de 70% da população imunizada com a primeira dose, o que é preocupante, diz a Fiocruz.

Roraima ficou com uma queda de 7,2% nos casos, e redução de 1,8% nas mortes. Esta é a primeira vez que vários estados têm diminuição na curva da pandemia. 

“Esse conjunto de informações permite apontar diversos impactos positivos da campanha de vacinação, principalmente na redução da gravidade de casos, mas não na interrupção da transmissão do vírus”, fala a Fiocruz.

Contudo, a Fiocruz diz que a situação vacinal no estado “preocupa”. É que Roraima aplicou 374.615 doses, sendo 277.285 referentes à primeira, 87.656 à segunda, e 9.674 à dose única.

Isso quer dizer que 56,03% da população vacinável (494.839) está imunizada com uma dose de vacina, enquanto 19,6% estão completamente imunizados. Ou seja, bem abaixo dos 70% indicados.

Além disso, também é um dos estados que menos repassou vacinas para as prefeituras. No total, apenas 68,6% das doses enviadas ao governo foram repassadas às cidades do interior. 

“Os imunizantes têm demonstrado eficiência. Entretanto, o comportamento da população e as decisões dos gestores podem criar um cenário caótico, que pode ser amplificado em função do surgimento de novas variantes” alerta.

Roraima continua com a maior taxa de ocupação de leitos do país, com um percentual de 76%. Isso se dá devido à redução de leitos de Unidade de Terapia Intesiva (UTI).

Atualmente, conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a ocupação das UTIs está em 58%.

Melhora frente à Covid-19

Com a atualização do boletim, o Brasil apresentou uma melhora geral diante da pandemia. A Fiocruz diz que o cenário é reflexo da vacinação.

Porém, alerta para a necessidade de dose reforço para idosos, pois as taxas de internação entre eles aumentaram.

Além disso, avaliou o “passaporte da vacina” como uma iniciativa positiva no combate a pandemia. Para os pesquisadores, a medida, que já ocorre nos Estados Unidos, aumenta o estímulo à vacinação.

O passaporte atesta a imunização para entrar em lugares públicos e fechados como bares, cinemas, e voos. A justificativa é que nestes locais o controle do distanciamento é mais difícil.

“Com os indicadores em queda provando a efetividade da vacinação como medida para o controle da pandemia, aqueles que optarem por manter sua liberdade individual de não se vacinar também terão que aceitar que não conseguirão acesso a alguns ambientes, não poderão usar transporte coletivo, entre outros”, avalia.

No Brasil, o Rio de Janeiro, Amazonas, Pernambuco, São Paulo têm medidas parecidas.

Em Roraima, Uiramutã pede de turistas o cartão de vacina. Já em Rorainópolis, a exigência é para quem frequenta bares e restaurantes. Em Boa Vista, empresários também pedem a comprovação.

Por Samantha Rufino

Samantha Rufino

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