Mulher não consegue andar após erro em cirurgia ortopédica no HGR, diz denúncia

Conforme a denúncia, paciente não consegue mais ficar de pé após a cirurgia no joelho; equipe médica colocou parafusos no lugar errado e a mulher não consegue se movimentar

Mulher não consegue andar após erro em cirurgia ortopédica no HGR, diz denúncia
Raio-x do joelho de dona Ornete Samento – Foto: TV Imperial

Após anos de espera, dona Ornete Sarmento, de 55 anos, conseguiu fazer uma cirurgia ortopédica depois de ter sofrido um acidente de motocicleta em 2012. No entanto, em consultas com ortopedistas, a mulher descobriu que a cirurgia foi feita errada no Hospital Geral de Roraima (HGR). Agora, ela sofre com as sequelas.

“Eles [ortopedistas] disseram que esses parafusos foram colocados errados. Era para terem colocado um pouco mais abaixo. Na verdade, não era nem para ter colocado, porque eu estava com artrose no joelho. Então era para ter colocado somente a prótese e eles colocaram esses parafusos, passando da ponta do osso, que isso é isso que me causa dor, que é isso que me impossibilita de movimentar”, explicou Ornete.

Dores após a cirurgia

Antes da cirurgia, a mulher disse que ainda conseguia fazer as coisas do dia a dia. Contudo, depois de passar pelo procedimento, ela não aguenta ficar de pé, pois sente muitas dores.

“Doía um pouco o joelho? Doía. Não vou dizer que não doía, mas eu andava, fazia minhas coisas e hoje em dia nem andar eu posso. Não posso andar porque machuca muito. Os parafusos machucam. E agora eu não posso me abaixar, não posso ficar muito tempo em pé, não posso ficar muito tempo sentada. Por causa disso eu gasto muito com remédios, gel para massagem”, disse.

Por conta das sequelas da cirurgia, dona Ornete conta que não pode mais trabalhar e, por isso, vive de doações de amigos e familiares. Agora, ela cobra justiça. “Eu chorei muito quando eu vi esses parafusos, que eu vi que eu não podia mais trabalhar. E hoje em dia eu vivo ajudada por amigos, por parentes, meu paizinho aposentado me ajuda todo mês com cem reais para que eu possa me manter”, detalhou emocionada.

Citado

Por meio de nota, a Secretaria de Saúde (Sesau) disse que a mulher vai passar por uma reavaliação no dia 19 deste mês na Policlínica Coronel Mota. Disse também, que a mulher tem diagnóstico para “lesão ligamentar, que diferente da lesão óssea”. Dessa forma, o problema requer a implantação dos parafusos. E por fim, esclareceu que a mulher deve ir ao HGR para receber as orientações necessárias quanto ao atendimento com o ortopedista.

Fraudes em contrato de cirurgias ortopédicas

A Polícia Federal deflagrou na última sexta-feira (2) uma operação que investiga suspeita de fraude em um contrato de R$ 30 milhões da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com a empresa MedTrauma, que presta serviço de cirurgias ortopédicas em Roraima. A ex-secretária Cecília Lorenzon foi afastada do cargo por determinação da Justiça Federal.

As investigações apontam que a contratação ocorreu sem estudo técnico preliminar que comprovasse a necessidade interno do serviço. E que ainda desconsiderou auditorias anteriores do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU) que indicaram suspeitas de direcionamento de licitação e superfaturamento da contratação da empresa pelo Governo do Acre.

Além disso, a Sesau ignorou a recomendação da própria Controladoria Geral do Estado de Roraima (Coger) para a não contratação destes mesmos serviços.

TCU embargou contrato

Em abril de 2023, o TCU embargou o contrato de R$ 30 milhões da Sesau com a empresa MedTrauma, contrata para serviços de ortopedia. O órgão também determinou a paralisação dos pagamentos.

A Corte havia determinado diligências no contrato depois que os auditores identificaram relações suspeitas da empresa com outro contrato na mesma modalidade com o Governo do Acre.

No relatório, o TCU afirmou que a Sesau aderiu à Ata de Registro de Preços decorrente do pregão eletrônico sob exame e celebrou o contato com a Medtrauma no valor de R$ 30,2 milhões com a previsão de utilização de recursos federais, conforme consta no Diário Oficial.

Em outubro do ano passado, a Secretaria de Saúde prorrogou por mais um ano o contrato com a empresa, que agora é válido até novembro deste ano.

Fonte: TV Imperial

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Fabíola

Venham aqui em Belém pago pelo um plano e tô tendo negligência e ninguém faz nada

Matia jose pinheiro

Nao e so ai. No DF esta a mesma coisa um lixo de medicos e hospitais

Matia jose pinheiro

Deve ser os medicos formados nas fa fi fo da esquerda

Daniela

Misericórdia…vai rezar filho do capeta e pede perdão por tanta merda que deves falar todos os dias.

Matia jose pinheiro

Mova um bom processo contra o estado

Hélio Rubano

Provavelmente os “cirurgiões” que operaram a coitada entraram pra universidade pelo regime de cotas !

Daniela

Vais responder pelo que estais acusando! Que dizer …. entrar para o curso de medicina não pode por cota que vai ser um péssimo médico!?!

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